Em artigo no jornal golpista Folha de S. Paulo, a jornalista Mariliz Pereira Jorge afirma que Tabata Amaral sofreu um “apedrejamento” nas redes sociais: “porque seguiu o que acredita, porque peitou o partido, os dirigentes, contrariou os eleitores, tem sido alvo das piores ofensas que já li nesse tribunal que julga e apedreja instantaneamente.”
Toda a choradeira no texto da colunista serve apenas para defender o voto da deputada do PDT a favor da Reforma da Previdência, uma das maiores atrocidades que já foram cometidas contra o povo brasileiro. A deputada direitista, que tenta se travestir de esquerdista, não seguiu o que acredita. Seguiu o que seu patrão mandou. E quem é seu patrão? Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico da Suíça e segundo mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em quase R$ 100 bilhões.
Lemann tem interesse direto na aprovação da Reforma da Previdência, como um grande capitalista, uma vez que lucra com o roubo do dinheiro que deveria ser repassado para a aposentadoria de milhões de brasileiros mas que Bolsonaro quer desviar para os banqueiros e especuladores. Assim, Lemann quer matar de fome boa parte do povo brasileiro com essa reforma genocida.
Tabata recebeu bolsa de Lemann e foi estudar em Harvard (berço de diversos funcionários do imperialismo no Brasil, como Moro e Raquel Dodge). Depois, se juntou à fundação Renova BR, vinculada a diversas instituições imperialistas e que treina “lideranças” políticas, algumas delas eleitas nas eleições fraudulentas de 2018, como a própria Tabata e deputados de partidos de direita, como o NOVO.
Segundo reportagem do jornalista Rafael Bruza, a campanha de Tabata Amaral recebeu o financiamento de nove empresários (R$ 509,5 mil), cinco vezes mais do que ela colheu de seu próprio partido (R$ 100 mil) nas eleições passadas. Os nove capitalistas são, conforme o editor do sítio Independente: Patrice Philippe Nogueira Baptista Etlin (que doou R$ 90 mil), Nizan Mansur de Carvalho Guanaes Gomes (R$ 79,5 mil), Maurício Bittencourt Almeida Magalhães (R$ 50 mil), Marco Racy Kheirallah (R$ 50 mil), Marcelo Battistella Bueno (R$ 50 mil), Luiz Felipe Coutinho Dias de Souza (R$ 50 mil), Daniel Krepel Goldberg (R$ 50 mil), Daniel Faccini Castanho (R$ 50 mil) e Ricardo Steinbruch (R$ 40 mil).
Esse último é nada menos do que capitalista da indústria têxtil, dono da Vicunha Têxtil, e com participação na CSN, cujo principal executivo é seu irmão Benjamin Steinbruch. Benjamin é dirigente da FIESP e foi patrão de Ciro Gomes quando este trabalhava na Transnordestina Logística, subsidiária da CSN. Nas últimas eleições, filiado ao PP, chegou a ser cotado para ser vice do candidato abutre. Foi Benjamin que, defendendo a reforma trabalhista com unhas e dentes, disse que não haveria mal nenhum se o trabalhador comesse com uma mão e operasse com a outra tendo apenas 15 minutos de almoço.
Ou seja, Tabata Amaral, que não era conhecida até aparecer eleita deputada, foi alçada por grandes capitalistas, que, portanto, controlam o que ela faz na política. Para que beneficie os seus próprios interesses, os seus lucros (e não “o que ela acredita”. Para quem é financiado pelos capitalistas, como é o caso de Tabata Amaral, votar por “idealismo” na verdade é votar pelo bolso dos piores vampiros que sugam todas as riquezas dos trabalhadores e do País.