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Surra: Um exemplo de combatividade no Hardcore Brasileiro

O hardcore surgiu como um estilo musical combativo, tendo como uma das bandas pioneiras os Dead Kennedys que era uma grande crítica do movimento nazista dentro do punk, tendo até feito a música “Nazi Punks Fuck Off”, mesmo tendo sido pelega recentemente com polemica do poster feito por Cristiano Suarez em crítica ao Bolsonaro e aos coxinhas

O hardcore elevou o punk para outro nível, agora o estilo era mais sujo e rasgado, as letras mais violentas, diretas e críticas ao sistema capitalista e as músicas em si mais rápidas e vorazes, assim consagrando o hardcore como um estilo rápido, violento e direto.

 

No Brasil o movimento crítico e combativo não ficou atrás, tendo várias bandas no seu começo, como Cólera, Restos De Nada, Ratos De Porão e Garotos podres (que não chegava à ser hardcore mas com certeza merece ser citada).

E então o movimento de Hardcore foi crescendo, e cresce até hoje com alguns show promovidos por festivais ou as próprias bandas fazem turnês se auto-financiando, e hoje em dia existem várias bandas mais novas, críticas e combativas.

“As cenas [punk e hardcore] em si já têm um posicionamento muito forte. Quisemos deixar bem claro. Não existe punk de direita”, disse Carol Folha em uma entrevista à UOL

“O que queremos: a independência da arte – para a revolução; a revolução – para a liberação definitiva da arte”

Alguns exemplos de bandas com letras críticas ao sistema capitalista são Dead Fish que lançou recentemente em seu último álbum critíca o governo Bolsonaro, Mukeka Di Rato, Karne Krua, Ximbra uma banda com músicas super sinceras sobre a realidade maceioense.

Porém entre elas a que mais se destaca atualmente é Surra, uma banda de hardcore/thrashpunk com letras extremamente combativas e críticas, desde o governo de São Paulo até o Presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.

A banda Surra se formou em 2012 em santos e é um power trio composto por Victor, Léo e Guilherme. A banda desde seu primeiro EP em 2012 (Bica Na Cara) já denunciava o sistema capitalista e o governo de Alckmin na música “Merenda”, e à partir daí foram lançando vários álbuns e EPs com letras extremamente agressivas e combativas.

E após o golpe a banda intensificou as críticas tendo lançado até o EP Ainda Somos Culpados com várias músicas com críticas ao golpe, aos golpistas e à extrema direita, sendo a mais famosa a “Parabéns aos Envolvidos”

“A riqueza naturalizada foi ensinado um padrão de sucesso atrelado ao bem material
Um monte de merda que ninguém precisa
E não vai ser agora que vai precisar

Nossa classe precisa é de consciência, coragem e manter resistência

Os problemas sociais brotam do desamparo e o descaso
O sistema é o culpado
Militares, empresários, sempre tiveram em mãos pleno controle
O nosso destino é a dor, obediência e frustração

Dor
Obediência
Frustração

Seguimos aplaudindo o show de abismo social
E um rico megalomaníaco dizendo pra eu não pensar em crise e trabalhar?
Deve ta de brincadeira
Quando foi que o proletário voltou a confiar
Em defensores da burguesia
Arquitetos da nossa desgraça”

Letra de Arquitetos da Desgraça, do EP “Ainda Somos Culpados”

E recentemente em seu último disco “O Mal que Habita a terra” eles criticam o Golpe, a burguesia, a extrema direita e até a esquerda pequeno-burguesa e pelega que deu boa sorte ao Bolsonaro.

A banda é um exemplo de como deve ser a arte, ela deve ser revolucionária e independente das amarras da burguesia, deve ser crítica e ácida com a extrema-direita, deve ser uma arte conscientizadora e deve participar na agitação e preparação revolucionária

(…) ao defender a liberdade de criação, não pretendemos absolutamente justificar o indiferentismo político e longe está de nosso pensamento querer ressuscitar uma arte dita “pura” (…). Não, nós temos um conceito muito elevado da função da arte para negar sua influência sobre o destino da sociedade. Consideramos que a tarefa suprema da arte em nossa época é participar consciente e ativamente da preparação da revolução. No entanto, o artista só pode servir à luta emancipadora quando está compenetrado subjetivamente de seu conteúdo social e individual, quando faz passar por seus nervos o sentido e o drama dessa luta e quando procura livremente dar uma encarnação artística a seu mundo interior. (“Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente”).

 

 

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