Da redação – Em decisão da Suprema Corte do Reino Unido, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, agiu de forma ilegal ao decidir que haveria suspensão do parlamento durante cinco semanas, deixando a Grã-Bretanha em um momento de crise em torno das decisões sobre o Brexit, que, para Johnson, tem que acontecer sem um acordo com a União Europeia.
Lady Hale, presidente da Suprema Corte britânica, julgou nesta terça-feira essa ação, afirmando que a atitude de Johnson em pedir a suspensão do Parlamento à Rainha aconteceu de forma “ilegal, sem efeito”. A decisão se deu de forma unânime entre os 11 ministros que votaram a decisão, alegando que o primeiro-ministro quis impedir o desempenho democrático dos parlamentares em suas funções.
A presidente da Suprema Corte ainda afirmou que: “os efeitos sobre os fundamentos da democracia eram extremos“, afirmando que o governo não conseguiu dar uma justificativa plausível para a suspensão do Parlamento durante essas cinco semanas, como se fosse apenas um capricho de Johnson. Críticos da situação do Reino Unido alegaram que o que Boris Johnson estava tentando fazer era diminuir o tempo hábil dos parlamentares para averiguar a possibilidade do Brexit acontecer e impedir que se desse sem um acordo com a União Europeia.