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Burguesia genocida.

Superlotação nos transportes pode condenar metroviários à morte

O que se sabe, no entanto, é que a política da burguesia para com os trabalhadores é de total descaso. As empresas sequer realizam testes nos funcionários.

Enquanto os números de contaminações e mortes aumentam, a burguesia tem pressionado seus gerentes no comando do Estado a romper com a quarentena e entregar a população à própria sorte. Nesta segunda-feira (11), o primeiro dia de rodízio ampliado, em São Paulo, deu mostras do perigo em que a população se encontra: o metrô e a CPTM registraram um aumento de até 15% no fluxo de passageiros. Em nota divulgada hoje (12), o Sindicato dos Metroviários de SP deixa claro que o rodízio promovido por Bruno Covas prejudica usuários do metrô e metroviários e pode ampliar a contaminação.

A situação dos metroviários tem se tornado cada vez mais perigosa. Recentemente, a ministra Cristina Peduzzi, presidenta do Tribunal Superior do trabalho (TST), atendeu ao pedido do governador João Doria (PSDB) e suspendeu liminares concedidas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região que autorizavam a liberação dos trabalhadores do grupo de risco de contágio do coronavírus. Nessas liminares suspensas a mando de Doria, constam, também, a obrigatoriedade do fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) para os funcionários. Segundo a ministra, haveria um gasto de cerca de R$17,3 milhões para cumprir as reivindicações que resguardariam a vida dos trabalhadores; o que, segundo a atroz ministra, seria um absurdo.

No primeiro sábado do mês (2), foi noticiada a morte de uma funcionária do Metrô de São Paulo por Covid-19. A vitima trabalhava na limpeza da Linha 1 – Azul e era terceirizada. Essa, portanto, já é a segunda vítima entre os metroviários, pois há um mês atrás um operador da Linha 3 – Vermelha faleceu da mesma doença. Esses casos revelam que os metroviários – expostos diretamente ao contágio – não tem o direito de ficar em casa. A campanha do “fique em casa” simplesmente não contempla a maioria esmagadora da classe trabalhadora. Milhões de trabalhadores utilizam o metrô, diariamente. Os trabalhadores terceirizados, principalmente, são os mais precarizados. Em reportagem feita pelo Diário Causa Operária, foi relatado que os funcionários sequer recebem luvas para trabalhar. Essa situação, portanto, exige um intenso trabalho de militância por parte da esquerda. Nesse sentido, os militantes do Partido da Causa Operária (PCO), têm realizado atividades frequentes junto aos metroviários, que recebem muito positivamente a política do Partido.

O que se sabe, no entanto, é que a política da burguesia para com os trabalhadores é de total descaso. As empresas não realizam testes nos funcionários, mesmo os que apresentam sintomas. Quanto aos que conseguem afastamento por fazerem parte do grupo de risco, esses estão recebendo apenas 70% do salário, com complementação do governo. Nesta segunda (11), o Metrô e o governo golpista de Doria avançaram com ataques aos direitos dos trabalhadores do setor. Em meio à crise, a empresa defende reajuste de 0%, sem reposição da inflação, fim do Risco de Morte para OTMs e ASMs, redução da gratificação de férias, horas extras e adicional noturno. A categoria, no entanto, vai decidir em assembléia na próxima quarta-feira (13), a proposta do Sindicato de prorrogação do Acordo.

Até sábado (9), o Sindicato dos Metroviários de SP tinham conhecimento de:

– Casos confirmados por exame ou clinicamente: 62

– Suspeitos com sintomas: 36

– Afastado por ter tido contato com outro contaminado: 44

– Nenhum óbito confirmado de metroviário na ativa

Total de 142 afastamentos

Trabalhadores terceirizados (contém subnotificação)

– Casos confirmados: 7

– Casos suspeitos: 9

Esses fatos, notoriamente, revelam a farsa do isolamento social defendido pela burguesia. Não há testes para a população, nem sequer o aumento de leitos de UTI nos hospitais. Até mesmo uma simples medida como a distribuição gratuita de itens de proteção como álcool em gel e máscaras não está sendo adotada. É nítido que os trabalhadores serão as maiores vítimas da doença, sobretudo dos setores ligados aos transportes coletivos.

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