Os ataques direcionados contra a educação e a cultura brasileira são notórios por, sem qualquer pesar, destruir as vidas de milhões de pessoas por todo país, pondo um fim na pouca alternativa de vida que as camadas populares têm para sair do estado de miséria e ascender minimamente na sociedade.
As universidades sempre foram uma concentração das camadas mais abastadas. Porém, tal realidade foi se alterando com o avanço nas conquistas de direitos básicos para a população e no breve período de reformas sociais presentes no país. Até pouco tempo, a comunidade acadêmica aos poucos passava a ver em seus domínios pessoas de camadas sociais menos favorecidas, um vislumbre de uma luz no fim do túnel para muitos jovens das periferias.
No entanto, o capitalismo não é capaz de sustentar estas condições, e a política de rapina da burguesia brasileira e imperialismo promoveu mais um golpe de estado na história da nação, fruto da tentativa de saquear todo país, destruir sua economia e fazer o povo pobre e oprimido, pagar pela crise mundial do já falido capitalismo.
Todas aquelas pequenas conquistas parciais vieram por água abaixo, em uma grande onda promovida pelo golpe e o imperialismo, abrindo alas para a extrema direita avançar contra o povo em encabeçar a destruição da nação. Tal fato passa a ser conhecido já durante o governo Temer, porém, com a fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro e colocou o país no caminho de uma ditadura aberta, os ataques ao povo brasileiro, sobretudo ao trabalhador e o jovem ganharam um destaque muito maior na política governamental.
Bolsonaro além de entregar de vez o país ao imperialismo norte-americano, foi capaz de destruir os direitos trabalhistas e precarizar o trabalho, como também, iniciar uma devastação na educação pública brasileira, com os cortes e o projeto “future-se”, um grande passo para a privatização das instituições, o fim da possibilidade do jovem pobre ter a chance de continuar seus estudos.
No meio de toda esta situação, um caso entre tantos outros que ganha destaque é o da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), principalmente o campus Lagoa do Sino, que hoje existe em um terreno doado pelo escritor Raduan Nassar.
A doação foi aprovada em 2010, efetivada em 2011, ainda sob o governo do PT, antes do golpe de estado e a destruição da educação. Nessa doação, Nasser deu ao estado, por um contrato firmado na garantia da educação pública, um terreno de 643 hectares, representando o segundo maior campus da instituição.
Contudo, hoje este campus sofre diariamente com a possibilidade de ser destruído, entregue ao “future-se” a revelia da comunidade acadêmica, mas com o apoio da reitora, ligada ao governo bolsonarista.
O campus vem sofrendo já faz anos com a política do golpe contra a educação, o financiamento ligado as estruturas da universidades havia sido reduzido pela metade, e com o governo Bolsonaro, passou a minguar, concretizando um total sucateamento deste campus que tão bem simboliza o desejo da população na expansão e garantia de uma educação pública e de qualidade.
Aquele que um dia foi o campus doado para fins públicos, agora passa pelo pior momento no seu pouco tempo de vida, após tornar-se uma referência na região devido a educação pública acima da média, os capitalistas iniciaram uma política sanguessuga. O sucateamento deste campus representa a política de entrega aos grandes capitalistas da economia e educação nacional, algo que vem se replicando em todos os lugares, entrando em choque com a mobilização estudantil que tenta impedir o golpe de alcançar seus objetivos.
A juventude, a exemplo das revoltas que tomaram conta da América Latina, deve ser o ponto de partida para a mobilização do povo contra o golpe de estado. Sob a luta pelo Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula, é preciso efetivamente derrotar os golpistas e o imperialismo.