Na manhã dessa quarta-feira (11), o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Uberlândia e região (Sind-Saúde) declarou greve por tempo indeterminado, e estabeleceram só retomar trabalho após o pagamento dos salários e mediante um documento oficial assegurando os pagamentos até o quinto dia útil de cada mês. O FGT também não estava sendo depositado com atraso.
O Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia (HCU-UFU) só está operando com 30% do contingente, e só atenderá casos de extrema gravidade ou com risco de morte.
Segue a nota divulgada pelo HU:
A direção do Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia (HCU-UFU) informa que até o momento o HCU/Faepu não receberam do Fundo Nacional de Saúde (FNS), o faturamento do Sistema Único de Saúde (SUS) referente aos atendimentos de Média e Alta Complexidade (MAC), previsto para o dia 10 de junho de 2018, que corresponde a parcela 06/2018.
Desta forma, a folha de pagamento dos funcionários da Faepu e todos os pagamentos programados para fornecedores e prestadores de serviços aguardam a realização deste repasse para serem processados.
Segundo informação obtida pelo site do FNS, o atraso nos repasses do faturamento MAC acontece para todos os hospitais federais.
Assim que o repasse for efetivado, todos os pagamentos programados serão realizados de imediato.
Até o momento, não há falta de medicamentos e materiais que coloquem em risco o atendimento aos pacientes, mas ressaltamos que se persistir o atraso o atendimento poderá ser comprometido.
Informamos que, em virtude da greve dos funcionários da Faepu, na manhã de hoje, o centro cirúrgico funcionou com 50% da sua capacidade.
Sentimo-nos extremamente preocupados com a situação, e ressaltamos que todas as ações e cobranças necessárias estão sendo tomadas.
O sucateamento das universidades promovido pelos golpistas está se agravando a cada dia que passa, além do número de bolsas cair drasticamente desde o final de 2017, os programas sociais que inserem quilombolas, indígenas, negros, deficientes e pessoas de baixa renda estão sendo os primeiros a serem cortados. O Brasil está passando por um dos mais selvagens programas neoliberais. Todos as empresas nacionais (Embraer, Petrobrás, Eletrobras, EBC etc.), os programas sociais (Farmácia do Trabalhador, Bolsa Família, bolsas para quilombolas e indígenas etc.), as riquezas estratégicas (água, petróleo, minérios, terra etc.), estão sendo entregues para as empresas internacionais, ou desmanteladas para não concorrer com elas.