Nessa semana os números de pessoas mortas em decorrência de graves quadros respiratórios aumentou exponencialmente, chegando a ter 2.239 casos subnotificados, em um aumento de 80% desses casos. Não há só denúncias, mas há evidências de sobra de que o governo está propositalmente ocultando as mortes por coronavírus, deixando a população e os agentes de saúde num verdadeiro pântano às cegas.
A falta de testes combinadas com a política criminosa de aproveitar a crise do coronavírus para impor um verdadeiro genocídio a população transforma o país num estado de calamidade pública permanente, onde toda orientação médica é jogada no lixo para um lucro de um punhado de capitalistas bem abastados. Não é tanto um “deixar de fazer”, por parte dos órgão públicos, como na realidade a ação tanto do governo federal, quanto dos estaduais, é de deixar a população a mercê da miséria e da doença.
A situação é minuciosamente calculada, e não desleixada. É nítido que a população não tem sido sequer tocada pelos testes para Covid-19, o Coronavírus. Além de reduzir o número de mortos pela doença artificialmente, os posto de saúde não tem nem condições materiais, nem orientações do Mistério da Saúde de como agir durante a pandemia. Muitas UBS’s, (Unidades Básicas de Saúde) tem alertas de que não atendem casos suspeitos de Covid-19, e orientam a população para hospitais maiores mais “próximos”. Que, nesse caso, são quase inacessíveis a população mais pobre. Quem consegue chegar a esses hospitais com os sintomas, é orientado a voltar para casa, sem diagnóstico nenhum e voltar somente se estiver com complicações.
Além desse clima artificial de que está tudo sob controle, a falta de conhecimento, de precisão nos diagnósticos e nos laudos, torna-se ainda mais criminoso a situação imposta a população, porque não há conhecimento dos médicos e agentes de saúde da situação sobre o vírus nos bairros, nas favelas, nas cidades, nos estados, nas regiões e no país. É um descaso total, em meio a uma situação que pode levar milhões de brasileiros a morte certa. O foco do vírus nas cidades é tão incerto quanto as mortes exponenciais por problemas respiratórios.
Esse programa genocida para a crise da pandemia é o programa da burguesia nacional e internacional. É to interesse da população sair viva da crise do coronavírus, para isso deve-se construir todos os leitos necessários para suprir a demanda, estatizar todo sistema de saúde já existente, contratar todos os profissionais da saúde necessários, construir locais de teste em todos os lugares possíveis, diminuir os grupos e aumentar os turnos de trabalho onde seja indispensável a presença dos trabalhadores, aumentar as frotas de ônibus e metrô para que não haja superlotação e propagação do vírus, proibir as demissões entre tantas outras revindicações que garanta uma existência digna de toda população.
O que está sendo feito agora vai na contramão do interesse da população e é dever da esquerda mobilizar os trabalhadores formando grandes Conselhos populares de saúde em todos os lugares, nos bairros e locais de trabalho, para impor ao Estado um programa do povo para a crise na marra.