Da redação – A vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra golpista Maria Thereza de Assis Moura, na cadeira da presidência, decidiu pelo indeferimento do pedido de habeas corpus da defesa de Janice Ferreira Silva, conhecida como Preta Ferreira, e de seu irmão, Sidney Ferreira Silva. Os dois estão sofrendo a mesma perseguição política que o ex-presidente Lula, pois são líderes do movimento sem-teto e Preta é apresentadora do Boletim Lula Livre, que nas últimas semanas vinha denunciando ferrenhamente o juiz golpista, Sérgio Moro.
A prisão preventiva é ilegal pois os dois não oferecem risco algum e estão sendo acusados de extorsão qualificada, esbulho possessório e associação criminosa – condutas que teriam sido praticadas em ocupações promovidas por movimentos sociais de São Paulo -, sem provas.
Para a defesa, a ordem de prisão não apresentou fundamentação idônea, além de não estarem presentes os requisitos legais autorizadores da medida. Resumindo, as ações da justiça golpista são ilegais!
O argumento de que os líderes exigem valores relativos ao aluguel também é algo absurdo. E isso, não pelo fato de cobrarem o valor que for, já que estão na luta e tudo no sistema capitalista é pago -, e sabemos que nada não cai do céu. O inacreditável, é que seja esse o argumento de uma acusação, um argumento fraco, que na verdade não diz nada, apenas que os líderes das atividades organizam sua próprio subexistencia e do movimento.
O governo golpista de São Paulo, a FIESP, que não provem a moradia assegurada em Constituição, que especula com imóveis, agora quer interferir no movimento sem-teto? Esses direitistas, como Doria, defendem o ataque aos moradores sem-teto, como Bolsonaro defendeu diversas vezes chamando-os de vandalos – igual faz aos trabalhadores sem-terra. É uma perseguição política e os movimentos sociais devem se organizar para barrar essa ofensiva antes que ela se generalize.
Aqui, também vale lembrar quem são esses juízes – não eleitos pelo povo -, que estão em nosso país organizando essa ”caça as bruxas”. Há alguns meses, Maria Thereza, enquanto ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a ampliação do inquérito instaurado contra o Partido dos Trabalhadores para que incluísse PMDB e PP. Em sua decisão, ela afirmou que esses partidos cometeram diversos “crimes bárbaros”. E já na época, tudo sem provas.
Os movimentos de luta pela moradia estão sendo uns dos mais afetados pela política fascista de Bolsonaro e João Dória. O objetivo final dos golpistas que derrubaram Dilma, é destruir todas as organizações de luta dos trabalhadores – sindicatos, partidos, imprensa e assim por diante. As investigações que levaram à prisão dos dois tiveram início após incêndio ocorrido em uma das ocupações no centro da capital paulista, uma situação denunciada por este diário como um incendio em maio de 2018.
Este incendio, lembremos, foi criminoso sim, mas não por conta dos líderes que lutam pela dignidade de moradia que está assegurada na constituição, mas sim, pelo próprio governo de direita que mantém o povo nas ruas, ataca os moradores, joga água 5h da manhã nos moradores e já ofereceu ração aos mesmos. Em maio de 2018, a direita do PSDB manteve os moradores nas ruas de Paissandu, como é típico da política fascistas desses, apenas fez demagogia, demorando dias para atender as necessidades mais básicas e não ofereceu moradia aos trabalhadores sem-teto.
Agora, como o PCO alertou os trabalhadores, vemos a perseguição que começou com Lula, chegar nas camadas mais baixas, nos movimentos sociais. Era disso que estavamos falando quando rebatemos a defesa do PSOL da Lava-Jato. É disso que se trata: um golpe de Estado que avança todo dia contra os trabalhadores e suas organizações.