A prisão política de Lula segue sem ter indício algum de sua liberdade. O ex-presidente da República, está preso na Superintendência da Política Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação arbitrária e persecutória do juiz federal golpista Sérgio Moro. Vale lembrar que a cúpula petista afirmava que Lula não passaria mais do que 10 dias em detenção. Já se passaram 29.
No entanto, há um julgamento marcado para o STF (Supremo Tribunal Federal) deliberar sobre um recurso de Lula para deixar a prisão. Esse julgamento, que está aberto online desde a zero hora da última sexta-feira (4), recebe as posições dos ministros até o próximo dia 10 de maio as 23:59. Nele, a defesa de Lula argumenta que Moro não aguardou todo o trâmite em julgado para prender ou inocentar Lula, conforme o previsto em clausula pétrea da Constituição Federal.
Os petistas depositam novamente uma confiança, sem fundamento prático nenhum, no judiciário. Esperam que os ministros do STF, os mesmos que algumas semanas atrás votaram inconstitucionalmente contra o habeas corpus de Lula, coloquem suas mãos na consciência e deliberem pela liberdade do ex-presidente. Assim, se os petistas continuarem com essa “fé” no STF, estamos presenciando mais uma crônica de uma morte anunciada.
Para combater a prisão ilegal de Lula, de maneira efetiva, a confiança na justiça já é algo mais do que batido e superado. A maneira prática, do ponto de vista classista, é lotar as ruas com mega manifestações com a palavra de ordem uníssona: Liberdade para Lula. Outra forma que não seja essa, vai fazer esse processo caminhar para mais uma retumbante derrota.
Combater o golpe de Estado, o impeachment de Dilma e a intervenção militar no Rio de Janeiro, passa necessariamente pela liberdade de Lula. Qualquer outra luta política nesse momento, que não coloque o povo nas ruas em torno dessa reivindicação, resultará em mais um fracasso na luta contra o golpe.