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STF não quer tucano na gaiola

Garantismo penal só é observado quando se trata dos funcionários mais destacados da burguesia, que mesmo em crise, continuam sendo os principais articuladores da direita

O ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Gilmar Mendes, determinou que a investigação contra o senador tucano José Serra, por suposto caixa 2 nas eleições de 2014, seja enviada ao Supremo, saindo assim da Justiça Eleitoral de primeiro grau. O caso se refere a uma suposta doação irregular de R$5 milhões feita por José Seripieri, fundador da corretora de planos de saúde Qualicorp. A investigação era conduzida pela Lava Jato em São Paulo, envolvendo equipes da Polícia Federal e do MP-SP. Eventuais acusações contra Serra referentes a este caso podem prescrever se nos próximos dias (8 e 11) nenhuma denúncia for apresentada contra o outrora governador de São Paulo.

Quieto desde a saída do Ministério das Relações Exteriores no governo Temer, José Serra, amargava o ostracismo que acometeu as lideranças tradicionais da direita, em especial os tucanos, desde o golpe e particularmente após a acachapante derrota de Alckmin e a acensão da extrema-direita. Seu nome voltou a ocupar um espaço na imprensa justamente com o avanço da Lava Jato, que em julho, denunciou Serra e sua filha, Verônica Serra, por supostamente operarem um esquema de lavagem de dinheiro e caixa dois.

Desde 2017, investigações da Lava Jato envolvendo Serra esbarram em decisões do STF. O caso se destaca pela discrepância entre o garantismo observado, quando se trata dos tucanos, e a celeridade com que a burocracia judicial tratou o caso do ex-presidente Lula e outros desafetos da burguesia.

A situação chama ainda mais atenção pelo fato de Serra estar em um momento de baixa no cenário político atual, marcado também por um recuo dos setores mais centristas da direita. Exceto por João Doria e Bruno Covas, respectivamente governador do estado e prefeito da cidade de São Paulo, políticos mais tradicionais do PSDB como Alckmin, Aécio Neves e mesmo Tasso Jereissati se encontram desmoralizados pelo crescimento do bolsonarismo, a ponto do último candidato tucano à presidência da República, o ex-governador  Alckmin, sequer ter atingido dois dígitos na campanha presidencial de 2018.

A crise política, contudo, torna os setores centristas da direita, liderados pelos tucanos e particularmente pelo PSDB de São Paulo, uma peça chave para que a burguesia consiga manter algum nível de controle da situação sem precisar recorrer ao fascismo explícito representado pela extrema-direita. Aqui reside o segredo da relação quase fraterna e antiga entre o partido e a burocracia judicial (especialmente o STF), que não se verifica com outras forças políticas e menos ainda com o PT e a esquerda em geral.

Ainda que envolvidos em casos tão escandalosos, enquanto os capitalistas precisarem dos tucanos para golpes como o de 2016 e manobras como a frente ampla, mesmo um regime político puramente baseado na força continuará protegendo as lideranças do partido.

Quieto desde a saída do Ministério das Relações Exteriores no governo Temer, José Serra, amargava o ostracismo que acometeu as lideranças tradicionais da direita, em especial os tucanos, desde o golpe e particularmente após a acachapante derrota de Alckmin e a acensão da extrema-direita. Seu nome voltou a ocupar um espaço na imprensa justamente com o avanço da Lava Jato, que em julho, denunciou Serra e sua filha, Verônica Serra, por supostamente operarem um esquema de lavagem de dinheiro e caixa dois.

Desde 2017, investigações da Lava Jato envolvendo Serra esbarram em decisões do STF. O caso se destaca pela discrepância entre o garantismo observado, quando se trata dos tucanos, e a celeridade com que a burocracia judicial tratou o caso do ex-presidente Lula e outros desafetos da burguesia.

A situação chama ainda mais atenção pelo fato de Serra estar em um momento de baixa no cenário político atual, marcado também por um recuo dos setores mais centristas da direita. Exceto por João Doria e Bruno Covas, respectivamente governador do estado e prefeito da cidade de São Paulo, políticos mais tradicionais do PSDB como Alckmin, Aécio Neves e mesmo Tasso Jereissati se encontram desmoralizados pelo crescimento do bolsonarismo, a ponto do último candidato tucano à presidência da República, o ex-governador  Alckmin, sequer ter atingido dois dígitos na campanha presidencial de 2018.

A crise política, contudo, torna os setores centristas da direita, liderados pelos tucanos e particularmente pelo PSDB de São Paulo, uma peça chave para que a burguesia consiga manter algum nível de controle da situação sem precisar recorrer ao fascismo explícito representado pela extrema-direita.

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