Da redação – Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram nesta quarta-feira (26) manter cancelados mais de 3,4 milhões de títulos de eleitores de todo País, com destaque principalmente para as regiões norte e nordeste, que concentram a maioria dos títulos cancelados.
Por um placar de 7 a 2, os ministros da Suprema Corte decidiram não dar o direito ao voto para os eleitores que não atualizaram os dados na Justiça Eleitoral, bem como também não realizaram o cadastramento biométrico.
No nordeste, nada menos que 1,5 milhão de eleitores foram impedidos de escolher seus candidatos. A decisão se demonstra completamente motivada por fins políticos, visto que o nordeste concentra, proporcionalmente, o maior número de eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT), onde a organização tradicionalmente – e nestas eleições, segundo as próprias pesquisas da burguesia, isso é confirmado – obtêm uma maioria esmagadora dos votos em relação aos candidatos dos outros partidos, especialmente em nível federal.
A decisão do STF versou sobre uma ação proposta pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que almejava reverter o cancelamento dos títulos dos eleitores que não realizaram o recadastramento, ocorridos entre 2016 e 2018, ao menos para o segundo turno.
Esse é mais um violento ataque aos direitos democráticos do povo, como o voto, que é uma conquista da classe trabalhadora. O golpe tem retirado os mais elementares direitos da população e não é nas urnas que isso será revertido, como acaba de ser novamente comprovado por essa decisão do STF. Somente nas ruas, com uma direção das organizações de esquerda, poderemos derrotar o golpe e lutar pelos direitos da população, como os do próprio presidente Lula, que está preso ilegalmente. A luta por sua liberdade é uma das principais funções da esquerda.