Uma reportagem do telejornal SBT Brasil, e replicado pelo Brasil 247, mostrou que a carreira docente gera diversas doenças. Segundo a reportagem, no estado de São Paulo, 45 professores pedem afastamento do trabalho por problemas de saúde todos os dias, a maioria por esgotamento nervoso.
Outra pesquisa constata o mesmo problema na carreira docente: a Associação Nova Escola, entre junho e julho de 2018, ouviu 5 mil professores, constatou que 66% dos profissionais precisaram se afastar do trabalho por adoecimento. Sendo que 87% que o problema é causado pelo excesso de trabalho e pela falta de infraestrutura.
Ainda de acordo com a pesquisa, 68% sofrem de ansiedade, a seguir vem o estresse e as dores de cabeça que atinge 63%. Insônia afeta 39% professores, dores nos membros atinge 38% e alergias também 38%. Um grande número, 28%, diz já ter sofrido de depressão.
O caos promovido pelo golpe que assola o Brasil desde 2016 é refletido no ambiente escolar de acordo com o professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Nelson Fragoso. “Todos os conflitos familiares e sociais explodem na escola. E é ali que a criança e o jovem serão pressionados”, afirma Nelson.
Mesmo sabendo o tamanho da pressão envolvida, Fragoso alerta que os professor precisa separar a vida profissional da pessoal, sem tomar para si todos problemas. “Não sou eu a pessoa que estão confrontando, mas um sistema que eles [alunos] não aprenderam, não conhecem e repudiam. Repudiam porque é diferente do que aprendem em casa ou no bairro onde vivem”, afirma o professor, que vê a função da sua profissão como a de um “mentor, para ajudar a crescer, se desenvolver na vida, apesar de o mundo onde nasceu não ser legal”, se referindo ao papel dos professores na vida dos alunos.
Com a atual política de cortes no setor, tanto professores quanto os alunos são punidos, agora mais do que nunca, com a destruição da educação, comprometendo o futuro deles e de todas gerações que virão. Somente com a união dos professores e alunos vamos barrar os retrocessos dos golpistas.