São Paulo aparece três vezes entre as 10 linhas de trem mais lotadas até a tampa no mundo. A vice-campeã em todo o planeta, a medalha de prata negativa, é a Linha 11 (Coral), na quarta posição está a Linha 8 (Diamante) e a Linha 9 (Esmeralda).
O parâmetro internacional do volume de passageiros considerado confortável é de quatro por m². O nível considerado “suportável”, de acordo com referências internacionais, é de seis por m².
Os vagões da Linha 11-Coral desafiam as leis da Física: com média de 8,1 passageiros por m² no horário de pico da tarde.
O Google coletou os dados com seu aplicativo Google Maps, entre outubro de 2018 até junho de 2019 durante as horas de pico da manhã (entre as 6h e as 10h), pois muitos usuários apelam para o serviço de localização na hora de encontrar um caminho para trabalho, estudo ou algum compromisso.
O Google também listou as rotas de transporte público e as paradas mais lotadas de São Paulo, que incluem os pontos Corinthians-Itaquera, Estação Comandante Sampaio e muitas outras. A partir de agora, o aplicativo passará a mostrar a lotação desses transportes e também indicará eventuais atrasos, seja por obras, seja por acidentes.
Uma coisa que lista do Google mostra é o algo que todos já sabemos: o metrô é transporte de massa em qualquer grande metrópole do mundo.
Outra coisa óbvia: o metrô e o trem de São Paulo estão subdimensionados para a necessidade, pois o governo tucano há décadas no poder, não investiu o suficiente. O metrô da Cidade do México começou a ser construído praticamente ao mesmo tempo que o metrô de São Paulo, na década de 70, mas hoje tem uma extensão de linhas bem superior.
A falta de infraestrutura em uma das maiores metrópoles do mundo é fruto da política da direita, que privilegia os monopólios do transporte e o deslocamento individual da burguesia, em detrimento do povo.