O governo do estado de São Paulo anunciou desde o fim do ano passado, a volta às aulas presenciais no início do ano, agora com data definida para dia 1 de fevereiro, daqui a menos de duas semanas. Até agora, nada pode fazer crer que o governo Doria adiará a volta às aulas, muito menos que desistirá de obrigar a volta dos estudantes às escolas em plena pandemia. Portanto, é mais do que necessário se organizar e mobilizar nas ruas contra a volta às aulas.
Pois, se for mantida a paralisia atual, a volta às aulas será imposta, como manda o próprio governo, independentemente do número de casos e mortos no estado. Diante das repetidas declarações de Doria e dos golpistas na imprensa capitalista, não é possível acreditar que o governo do estado adiará a volta às aulas, ou seja, só é possível continuar mantendo estudantes, servidores e professores longe das escolas com uma intensa mobilização de rua contra o plano genocida da volta às aulas em plena pandemia.
Neste sentido, a mobilização é única saída para a crise que vem se desenrolando a meses contra o governo Doria e que contou com diversas manifestações de estudantes, dos professores e demais categorias sindicais contra a volta às aulas. O resultado foi o adiamento sucessivo do calendário presencial. Porém, hoje, com a pressão da direita sobre o tema da volta às aulas suscitada pelo agravamento da crise econômica, o governo Doria pretende impor a pais, alunos e funcionários públicos que morram para salvar a economia falida pelo golpe e pelos golpistas.
É preciso ressaltar que apesar todo o imobilismo das organizações populares, estudantis e da própria população, é unânime que não é possível voltar às aulas, nem suportar mais os ataques da direita. Não é possível recuar ou permitir o genocídio nas escolas, é preciso lutar contra a volta às aulas presenciais e contra a farsa do retorno híbrido e, mais importante, contra a direita que pretende fazer a juventude e a população pagar a crise econômica também com suas vidas.
Para acabar com a ameaça da volta às aulas, é preciso ir às ruas e lutar pelo fim do calendário letivo para a Educação Básica, nada de manter o calendário letivo com o EaD para permitir à volta presencial a qualquer momento. Somente a comunidade escolar e principalmente os estudantes, que são a maioria e os mais afetados, são os que podem decidir sobre uma eventual volta às aulas.
Diante da situação, o Partido da Causa Operária, a Corrente Sindical Nacional Educadores em Luta e a Aliança da Juventude Revolucionária convocam ato público contra o crime da volta às aulas para o dia 22, sexta-feira, em frente a SEDUC, Secretaria de Educação do estado, as 10h. Pois só a mobilização popular pode barrar o genocídio da volta às aulas sem a vacinação em massa da população. Venha conosco lutar contra a volta às aulas em plena pandemia! Volta às aulas só com a vacinação segura de toda população e o fim da pandemia!