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Luta pela terra

SP: Justiça manda despejar famílias sem-terra em meio a pandemia

Em meio à pandemia, justiça burguesa dá prazo para retirar 17 famílias de suas casas em terra tornada produtiva.

No assentamento Luiz Beltrame na cidade de Gália (a 60km de Bauru) 17 famílias que produzem diversos alimentos com o próprio trabalho correm o risco de irem parar na rua na pior crise social, econômica e sanitária em décadas.

No meio da pandemia do novo corona-vírus, com o Brasil ultrapassando velozmente a maioria dos países do mundo em número de infectados, a Justiça deu prazo até o fim de agosto para que essas famílias desocupem a fazenda que antes era improdutiva. Agora ela sustenta não só as famílias assentadas, como também trabalhadores que participam de etapas do processo agrícola como a colheita da mandioca.

Sob a coordenação do MST, a Fazenda Santa Fé, que faz parte do assentamento, é fruto de uma luta intensa na Justiça com o ex-proprietário Jorge Ivan Cassaro, empresário que declarou possuir mais de R$20 milhões em bens quando concorreu ao cargo de Deputado Federal em 2016.

O assentamento tem ao todo 77 famílias, pois também inclui a Fazenda Portal do Paraíso, desapropriada por crime ambiental. De acordo com o MST para a safra de 2018, o assentamento produziu e comercializou 100 cabeças de gado, 300 toneladas de mandioca pré-cozida, 5 mil caixas de maracujá, 200 sacas de feijão orgânico, 50 mil dúzia de milho verde etc.

Em um dos processos jurídicos, um desembargador, numa decisão que não altera o processo de desapropriação das famílias, chega a alegar não ser “insensível à comoção gerada pela execução do julgado” e diz que entende “os reclamos sociais envolvidos no caso concreto”. Usando como base um parecer técnico do vice-presidente da CETESV que considera a área como um empreendimento de grande impacto devido ao parcelamento do solo e por ser próximo a reserva do Caetetos.

Ou seja, para a tal Justiça a distribuição de terras para a sobrevivência de famílias pobres não é um objetivo como a Constituição de 88 diz. Para a justiça burguesa, que representa os interesses dos capitalistas, o que vale é fazer um bom trabalho que favoreça a classe dominante.  A Justiça é contrária aos interesses dos trabalhadores e este é mais um caso que prova esse fato.

Essa é a mesma “justiça” que perseguiu o ex-presidente Lula, o prendeu sem provas, o impediu de se candidatar e provocou uma das eleições mais fraudadas de todos os tempos no país. É a mesma “justiça” responsável pela perseguição à esquerda, aos movimentos por moradia e aos trabalhadores em geral. Não é possível acreditar numa justiça que encontra-se nas mãos e à serviço da burguesia. É essencial que seja organizado um forte movimento contrário aos ataques sofridos.

Sem dúvida alguma, somente a união dos trabalhadores é capaz de impedir a perda de terras por estas famílias. Não podemos aceitar as decisões que vem de um sistema judiciário como se viessem de semi-deuses. Até porque nenhum juiz ou desembargador é eleito pelo povo. São selecionados em concursos fajutos com “entrevistas” que selecionam aqueles que tem “perfil” para tomar decisões como estas que vemos no caso do assentamento Luiz Beltrame.

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