Depois da uma mobilização popular derrotar a implementação do chamado modelo cívico-militar na Escola Municipal de Ensino Fundamental(EMEF) Professora Odila Maia Rocha Brito, em Campinas, interior de São Paulo, os golpistas do MEC miram outra escola na cidade para fazer avançar seu programa de controle ideológico sobre a juventude brasileira.
Em dezembro de 2019, o prefeito Jonas Donizete(PSB; na foto) tentou impor o projeto fascista mas foi impedido pela população após uma limiar ser acatada no TJSP para que a adoção do modelo fosse melhor discutida pela comunidade. Depois da rejeição popular se manifestar, a prefeitura ainda tentou derrubar a limiar que suspendeu a votação fake, na Câmara Municipal, de dezembro, sem sucesso. Percebendo a derrota, os golpistas determinaram que outra escola da cidade fosse indicada. Provando que o corte de verbas para a Educação não tem relação alguma com uma suposta falta de dinheiro para tal, o MEC prevê que R$ 1 milhão seja destinado a escola que adotar o modelo defendido pelos golpistas.
Este orgão de imprensa já lembrou repetidas vezes mas não custa reforçar: se o projeto tivesse qualquer interesse real em trazer benefícios à classe trabalhadora, o regime golpista que acabou com os direitos trabalhistas, previdenciários e deu carta branca para a polícia “atirar na cabecinha” do povo jamais iria mover uma palha para aprová-lo. Se Bolsonaro quer, certamente é ruim para os trabalhadores. Se adicionarmos a essa relação lógica o papel histórico dos militares na política brasileira e seu papel destacado nas piores, nas mais brutais formas de repressão aos trabalhadores, fica evidente que a ideia por trás da militarização das escolas é reproduzir no Brasil um fenômeno análogo ao da famigerada Mocidade Portuguesa, apenas com uma roupagem ligeiramente diferente mas com o mesmo fundamento: manter a juventude sob um rigoroso doutrinamento fascista e controle estatal.
Os fascistas tem razão em temer a juventude. Historicamente, são um dos elementos mais destacados e revolucionários em todas as sociedades, cumprindo um papel de vanguarda na luta popular. Por isso, o Partido da Causa Operária convida os jovens a se rebelarem através de uma ação organizada e coletiva, por meio dos comitês de luta que estão se espalhando em todo o Brasil para derrubar Bolsonaro e toda a corja golpista que tem promovido massacres de jovens trabalhadores como os de Paraisópolis. Os professores, outro segmento sob a mira dos fascistas são também bem vindos a se juntar ao esforço dos comitês de luta, assim como os demais trabalhadores do setor da educação e do amplo conjunto da classe trabalhadora. Todos juntos por fora Bolsonaro!
