Desde o início do governo fascista de Jair Bolsonaro, uma série de ataques a classe trabalhadora foram sentidos, com intensidade cada vez maior, em especial aos programas sociais que beneficiam boa parte da população. Um bom exemplo a ser analisado é o “Minha Casa, Minha Vida”, lançado em 2009, pelo Governo Federal, presidido por Luiz Inácio Lula da Silva. Esse possui, nesse ano, o menor repasse de verbas desde a sua criação, contando com orçamento anual de apenas R$ 4,4 bilhões, afetando famílias que possuíam subsídio total (100%) ou parcial (porcentagem variada de acordo com a renda). Vale lembrar que esses cortes não afetam apenas na possibilidade de oferta de moradia a pessoas pobres, mas também o número de empregos a população no ramo da construção civil.
Os problemas dos trabalhadores, porém, são ainda maiores, como foi possível perceber no conjunto habitacional Miguel Costa, criado na cidade de Osasco (Grande São Paulo), devido a um impasse entre a Prefeitura e o Exército. Os 960 apartamentos deveriam ter sido entregues as famílias integrantes do “Programa Minha Casa Minha Vida” em dezembro do ano passado, mas, até agora, o espaço está totalmente desocupado. Devido ao desacordo, essas pessoas estão recebendo uma bolsa de R$300,00 de auxílio-aluguel. É importante frisar que esse valor está muito abaixo do necessário para que se alugue uma casa de moradia provisória, deixando, assim, evidente um duplo ataque a classe trabalhadora.
O problema central estaria na localização do conjunto habitacional. O mesmo encontra-se em um terreno da prefeitura, localizado entre o Rodoanel Mário Covas, a marginal Tietê, uma linha de trem da CTPM e uma base do Exército. Para que os moradores cheguem à suas casas de carro, é preciso cruzar a linha férrea pela Avenida dos Autonomistas. Nesse espaço há, todavia, uma cancela, restringindo o acesso, sendo autorizada a passagem apenas de militares da base. Desse modo, torna-se impossível acessar o condomínio.
Devido ao impasse, o prefeito Rogério Lins, do Podemos, procurou o Ministério Público Federal, a fim de encontrar uma conciliação com o Exército, mas ambos não chegaram em um acordo e agora o problema será tratado pela Justiça Federal.
O que fica evidente nesta situação é que tanto o governo direitista, quanto o exército, que nada mais é do que um órgão totalmente reacionário controlado a mão de ferro pela burguesia e cheio de comandantes fascistas, não se importam minimamente com a população. É importante ressaltar que esses ataques são frutos do golpe, que massacra a classe trabalhadora. Nesse sentido é fundamental que todos se organizem em Comitês de Luta Contra o Golpe. Apenas a mobilização popular irá derrotar os golpistas, integrantes do governo fascista de Jair Bolsonaro.