Da redação – Em assembleia realizada no dia 16 de maio, oito mil trabalhadores do transporte público da cidade de São Paulo rechaçaram a proposta miserável de reajuste salarial do sindicato patronal, SPUrbanuss, que propôs reajuste de apenas 4,18%. Este valor é abaixo da inflação do período que foi de 4,94%, o que na realidade representa uma diminuição real do poder de compra do assalariado que contribui para a piora nas condições de vida do trabalhador.
Os trabalhadores ainda reivindicam um aumento real do salário de 3%, que lhes parece justo uma vez que as condições da nova licitação do transporte público são extremamente favoráveis à empresa vencedora, que foi a única concorrente, de modo que a margem de lucro fique acima do que foi definido por auditoria realizada em 2014.
Dessa forma, a Sindmotoristas convocou uma assembleia decisiva para quarta-feira, dia 22. Se for decretada a greve, 50 mil trabalhadores do transporte irão cruzar os braços de modo que 14 mil ônibus deixarão de circular. Essa greve demonstra que vários setores populares estão mais do que apenas insatisfeitos com o regime golpista de devastação neoliberal e ataque aos salários e o governo ilegítimo de Bolsonaro. Na verdade, a indignação toma forma na ação política organizada, que tem como objetivo a greve geral dos trabalhadores no dia 14 de junho.