A multinacional japonesa Sony encerrará a produção de eletrônicos no Brasil ainda esse mês de março, segundo um anúncio em suas redes sociais. A fábrica brasileira que fica em Manaus (AM), deixará de produzir aparelhos de TV, câmeras, máquinas fotográficas e equipamentos de áudio. O grupo Sony continuará somente vendendo equipamentos ao Brasil, como o popular videogame Playstation através somente de importações e seguirá atuando no mercado de assistência técnica.
A fábrica da Sony no Brasil funcionou durante 36 anos. No ano passado anunciou encerramento das atividades e a demissão de 220 trabalhadores.
A Sony não é a única empresa que sairá do Brasil. A Ford anunciou fechamento de todas suas fábricas em janeiro, depois de já ter encerrado a produção em São Bernardo, no ABC Paulista. Agora fechará as fábricas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), atingindo mais de 5.000 trabalhadores.
Esse é resultado da política altamente destrutiva de desindustrialização do país dos governos a serviço dos grandes monopólios internacionais. O que importa nesse momento para o imperialismo é manter seus lucros em alta, para isso se utilizam de governos fantoches nos países de economia atrasada como o Brasil.
Governos como o de Temer e Bolsonaro tem o objetivo de desmontar toda a estrutura social e econômica local para manter a lucratividade dos mercados a quem servem, mesmo que isso signifique desemprego em níveis estratosféricos, aumento generalizado da miséria e nenhum direito trabalhista ou mesmo político e individual.
Diante desse programa de quebra da economia nacional e da piora nas condições de vida da população a saída necessária sempre foi o fortalecimento e ação imediata das organizações operárias para manter as condições de vida dos trabalhadores.
Mas ao contrário de exercer essa função essencial na luta de classes os sindicatos e centrais fizeram o que para se contrapor a destruição da extrema direita?
Absolutamente nada, com a justificativa do perigo da pandemia as direções da burocracia sindical fecharam as portas dos sindicatos e deixaram os trabalhadores à própria sorte.
O exemplo da ação do sindicato dos metalúrgicos frente ao fechamento de uma das maiores montadoras é bem sintomático desse abandono, quando a Ford se negou a continuar as atividades, os sindicalistas buscaram conseguir indenizações em ridículas reuniões de videoconferência, quando a situação pedia a imediata denúncia e mobilização nas ruas, com ocupação das fábricas e tomada da produção pelos operários.
Em meio a falta de ação contundente das direções sindicais, como a da Ford, a quebradeira da economia e entrega do país continua.
Nesse momento é preciso uma mobilização da classe operária para que a crise seja paga pelos golpistas e seus empresários. É preciso lutar pela abertura imediata dos sindicatos e um programa de ação claro para se contrapor ao desemprego e a miséria que se alastra com Bolsonaro, a direita golpista de sempre e o entreguismo do Brasil.