A participação da Região Sudeste no total do PIB brasileiro vem recuando ano após ano. Os dados apontam para uma tendência de desconcentração do PIB, passa a migrar para outros estados brasileiros, diminuindo a participação relativa de São Paulo e Rio de Janeiro – as duas maiores economias do País.
O dado em si não seria preocupante se fosse reflexo de um crescimento econômico maior no restante do Brasil. Mas este não é o caso – e aí reside o problema. O que ocorre é que estes dois estados se encontram em estagnação, ou mesmo recessão. O caso mais grave é o do Rio de Janeiro, alvo preferido dos ataques golpistas, que experimentou um encolhimento de 1,6% no PIB – a maior retração econômica do Brasil.
A imprensa burguesa procura dourar a pílula, explicando que o Rio de Janeiro foi uma exceção durante um ano de “recuperação econômica”. Mas o fato é que a atividade econômica está longe de se recuperar, com aumento do desemprego, precarização das relações de trabalho e entrega da riqueza nacional às empresas estrangeiras.
A última pesquisa do IBGE revelou outro dado que evidencia a precarização das relações de trabalho. Pela primeira vez diminui a participação dos salários no total do PIB. Isso é resultado de uma política deliberada dos governos golpistas, levada a cabo com a “Reforma” Trabalhista, a abolição do Ministério do Trabalho, entre outros, que é um ataque frontal a direitos trabalhistas conquistados com muita luta pela classe trabalhadora.
É preciso organizar um amplo movimento popular contra o governo Bolsonaro e a extrema-direita, para impedir a completa destruição da economia nacional e das condições de vida dos trabalhadores brasileiros.