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Sobre Ciro: de nacionalista de discurso já bastam os fascistas

Credita-se ao ministro de propaganda de Hitler, Joseph Goebbels a afirmação de que “uma mentira repetida mil vezes transforma-se em verdade”. Obviamente, no mundo real, as coisas não se passam bem dessa maneira. Vivemos uma campanha a la Goebbels no Brasil do golpe de Estado. Os meios de comunicação e todo o aparato do Estado procurem diariamente condenar Lula e os principais dirigentes do PT como os “verdadeiros ganguesteres da política nacional” responsáveis pela maior “onda de corrupção da história do país”. Mas é evidente, para a esmagadora maioria da população, que essa campanha político-ideológica de tipo policial é uma farsa que faz eco apenas em um setor da classe média absolutamente ignorante, desprovida de qualquer senso crítico, bestializada pelos preconceitos fascistas da extrema-direita brasileira.

A política brasileira está recheada de fenômenos “engana trouxas” do tipo. Temos aqui o famoso caso dos militares, que “arrotam” patriotismo de fachada, o “amor a pátria”, a “defesa incondicional do Brasil”, mas que são verdadeiros borra-botas do imperialismo norte-americano. O verde-amarelo deles é na verdade uma miragem, as cores da pátria deles são as da bandeira tricolor dos Estados Unidos da América. A política dos militares é a versão contida da política da extrema-direita brasileira. Todo o patriotismo dos ditos “nacionalistas de direita brasileiros” não enche uma bexiga de festas de criança. É um nacionalismo tão patético como a cena do candidato “nacionalista” Jair Bolsonaro, em recente visita aos EUA, fazendo continência à bandeira norte-americana e cantando com fervor no tosco inglês da sua ignorância o hino daquele país.

O travestimento na política não é novo. Aliás, em época de golpe, passa a ser quase a regra. Temos candidatos de todos os matizes. Na esquerda aparece presidenciável que “jura defender Lula”, mas que na prática vive como abutre atrás dos despojos de Lula e do PT. Há um, em particular, que é um verdadeiro camaleão. É Ciro Gomes, uma figura histórica da direita, mas que usa seu “jogo de cena” e suas bravatas para passar por político de esquerda.

Formado no partido da ditadura, a Arena, cresceu sob a asa do capitão do mato da família Marinho no Ceará, o atual senador Tasso Jereissati. Pulou de galho em galho em diferentes partidos da burguesia, sempre em busca por vender seu cardápio de direita com casca esquerdista. Mas a máxima de Goebbels não é capaz de encobrir sua defesa do imperialismo e do grande capital

Entre outras passagens, foi bonequinho de ventríloquo do imperialismo norte-americano no execução do plano Real. Sucessor de Fernando Henrique Cardoso (o candidato do neoliberalismo dos anos 90) à frente do Ministério da Fazenda, foi o “menino de recados” dos primeiros passos da maior onda de liquidação da economia e do patrimônio nacionais em favor dos donos do mundo. Se em 89 tivemos o golpe do “caçador de marajás” para impedir a vitória de Lula, em 94 foi o golpe da “estabilidade”, que resultaria na primeira grande crise do neoliberalismo alguns anos depois.

Nos anos seguintes, Ciro sempre cumpriu o papel de “lobo em pele de cordeiro” visando minar as candidaturas do PT e abrir caminho para uma recomposição dos partidos do grande capital no Brasil, até culminar no golpe que vivemos nos dias de hoje.

E eis que o abutre surge “reciclado” pelas mãos dos golpistas. De vice-presidente de das empresas do grupo CSN – do empresário Benjamin Steinbruch, vice-presidente da FIESP e uma das cabeças do golpe no país – traveste-se de “lutador contra o golpe”, chegando a sugerir levar Lula ao abrigo de uma embaixada, durante a caçada política que o ex-presidente sofreu.

Como nenhum abutre nega sua essência, Ciro também não nega a sua. Em bazófia,  deixaria de considerar Lula preso político para tratá-lo por “preso comum”. E à tríade da linha de frente do golpe – os meios de comunicação, o Judiciário e o Exército – Ciro hoje se apresenta como aquilo que realmente é: “um candidato ficha-limpa” para um “Brasil que precisa de decência”.

Eis aí Ciro, uma personagem do golpe.

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