Diante da mobilização explosiva dos haitianos, que pode se transformar numa revolta generalizada com consequências terminais para o regime político controlado pelo imperialismo, o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, começou a fazer una série de promessas. Obviamente, tais promessas não refletem nenhuma preocupação verdadeira com a população: trata-se apenas de uma tentativa de acalmar os haitianos.
Nessa semana, durante um pronunciamento televisionado, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Henry Céant, anunciou que iria “tentar” elevar o salário mínimo. Esse tipo de declaração mostra o quanto a revolta dos haitianos já conseguiu colocar o governo contra a parede. Afinal, um governo bancado pelos maiores parasitas da humanidade só estaria disposto a aumentar o salário mínimo se sentisse muito pressionado.
O Haiti é um dos muitos países do continente americano que sofreram um golpe de Estado e está sendo controlado por uma burguesia totalmente subserviente aos interesses do imperialismo. O governo capacho dos norte-americanos já se provou ser um completo desastre: a população haitiana é tratada com o maior descaso, enquanto o país é ininterruptamente saqueado pelos capitalistas.
A política desastrosa da direita no Haiti está levando a uma série de protestos. Já são mais de dez dias de manifestações, e a insatisfação dos haitianos com o governo de Jovenel Moïse é cada vez maior.
Os trabalhadores e demais setores revoltados com o regime político no Haiti não podem se contentar com as promessas do governo de Jovenel Moïse. É necessário seguir adiante com a mobilização para derrubar a direita de conjunto e, assim como está fazendo o governo Maduro na Venezuela, organizar uma verdadeira luta contra o imperialismo.