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Intervenção militar faz número de mortos em chacinas aumentar 128% no Rio

A intervenção militar nunca é para a satisfação daquilo que ela anuncia. A Colômbia, por exemplo, está sob a intervenção militar estrangeira dos EUA. Sete bases militares ocupam o país que  continua na liderança da produção mundial da cocaína, em que pese que a desculpa para a intervenção militar dos EUA fosse o combate ao narcotráfico.

Aqui também, a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, tinha como pretexto anunciado diminuir a violência e combater o narcotráfico. Conclusão: chacinas aumentaram e apreensões de fuzis diminuíram, diz estudo. Isso é o que apontam os números da Universidade Cândido Mendes divulgados nesta segunda-feira (16), cinco meses após o início da intervenção, pelo Observatório da Intervenção, da Universidade Cândido Mendes.

A brutalidade impera, como assinala o Observatório: “Muito tiroteio, pouca inteligência”. Foi dessa forma que o órgão definiu a atuação militar nos cinco meses de intervenção federal no Rio de Janeiro.

O estudo divulgado nesta segunda-feira (16) mostra que, no período, as chacinas aumentaram 80% e as mortes em chacinas (três pessoas mortas ou mais) dispararam 128%. Outro dado é a diminuição das apreensões de fuzis, metralhadoras e submetralhadoras: 39% a menos entre fevereiro e maio de 2018, comparado ao ano anterior.

Trabalhadores negros, pobres e favelados como vítimas preferenciais. Segundo o Observatório, práticas violentas continuam predominando contra as favelas, e as operações, que mobilizam até 5 mil homens, resultam em medo, mortes e poucos efeitos positivos.

Ainda de acordo com o levantamento, no período dos cinco meses de intervenção, os tiroteios e disparos aumentaram 37%. Isso mesmo: “O resultado é o aumento daquilo de que a população tem mais medo: bala perdida, fogo cruzado e tiroteio. Até agora, a presença das Forças Armadas não resultou na percepção de que a segurança do Rio melhorou depois da intervenção”, diz o estudo.

Ainda, na última sexta-feira (13), uma adolescente foi baleada durante operação do Comando Conjunto nas favelas de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. No Rio, militares estão em confronto no Complexo do Alemão.

A crise é tamanha que provocou mudanças na cúpula da intervenção. Em junho, o chefe de gabinete da intervenção federal deixou o cargo. O general Mauro Sinott Lopes, braço direito do general Walter Souza Braga Netto, foi substituído por Paulo Roberto de Oliveira, ex-chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste.

Esses e outros números de aumento da repressão e terras contra a população pobre e negra das comunidades pobres do Rio evidenciam que longe de servir ao “combate da violência”, a ocupação veio para intensificar o caos, atacar a classe operária e avançar no golpe de Estado e, como assinalou o próprio general Braga Neto, fazer do Rio “um laboratório” para uma intervenção militar em nível nacional, ou seja, um golpe militar.

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