A tática utilizada pela direita, para que possa prosseguir o avanço de seus programas impopulares, é através da imposição do medo. Criando um clima de verdadeiro terror entre a população e as organizações operárias, implementam uma série de ataques a classe trabalhadora, em especial as mulheres.
No Tocantins os índices de agressões as mulheres, só no período do réveillon mais do que dobraram. Só entre os dias 30 e 31 de dezembro, no Tocantins, foram registrados pela Polícia Militar 41 casos de agressão física. A estimativa é que esses números sejam muito maiores, tendo em vista as inúmeras denúncias que não são efetuadas.
Muitos fatores contribuem para que as mulheres sintam medo de denunciar seus agressores, mas deve se destacar a falta de apoio as vítimas, ainda dentro das delegacias. Sendo tratadas como inferiores e, nos piores casos, como culpadas, isso inibe diversas de procurarem apoio. Atualmente, no Tocantins, há um Cento de Referência a Mulher, responsável por fazer uma triagem inicial da gravidade de cada caso. Nos casos mais graves, quando há risco de morte, são levadas para Casa de Abrigo da Mulher.
É importante destacar que o aumento da violência contra a mulher é fruto do regime ditatorial a qual o Brasil se encontra. O sistema capitalista aperfeiçoou os métodos de opressão a mulher, colocando-a em condição de escravização social, impondo a elas o cuidado do lar e dos filhos, reforçando a ideia de submissão. Nesse sentido é fundamental que esse regime seja derrotado e, a única forma de isso ocorrer é através de amplas mobilizações populares, bem como da criação e manutenção dos Comitês de Luta Contra o Golpe e de Autodefesa.