O candidato do golpe, Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira, por meio de sua equipe de governo, que pretende cobrar mensalidades nas universidades federais, durante o seu governo. A medida seria mais uma violação da Constituição de 1988, a qual prevê que no Brasil o ensino público deve ser gratuito.
Como desculpa para cobrar mensalidade os aliados golpistas de Bolsonaro, como o economista neoliberal Paulo Guedes, afirmam que as universidades federais são compostas de alunos, provenientes de renda elevada. O que, de acordo com os dados, não se comprova, pois segundo um levantamento de 2014, quase 70% dos alunos que cursam ensino superior, nas universidades federais, são provenientes das classes D e E.
O que ocorre na verdade faz vários anos é o inverso do que os golpistas querem fazer acreditar. Mesmo com a Constituição prevendo o acesso gratuito à universidade pública, ha uma enorme exclusão da juventude pobre do ensino superior público no pais. A começar, primeiramente pelo próprio vestibular, o qual é um verdadeiro filtro social, excluindo aqueles estudante mais pobre do acesso à universidade. Aqueles jovens mais pobres que conseguem adentrar, muitos acabam desistindo de concluir o curso que escolheram devido ao corte que vem ocorrendo nas políticas de permanência estudantil, como bolsas de auxilio, auxilio moradia, bolsas de pesquisas, etc.
O que o golpista Bolsonaro quer fazer é aprofundar ainda mais essa exclusão, impedindo, na prática, a juventude mais pobre de ter qualquer acesso ao ensino superior. A medida irá restringir a universidade aos filhos e filhas da burguesia, única classe beneficiada pelo golpe de Estado no país.
Contra essa proposta e contra o fascista e golpista Jair Bolsonaro é necessário impulsionar a mobilização contra o golpe de Estado. Fortalecer e ampliar os comitês de luta e organizar uma gigantesca manifestação contra o golpe em defesa do ensino publico e gratuito, defender também o fim do vestibular e o livre ingresso na universidade publica.