Paralisada e sem organizar a luta dos trabalhadores em todo o último período, marcado por ferozes ataques da burguesia e da extrema direita contra as massas populares, a esquerda nacional vem apostando todas as fichas nas eleições municipais do próximo ano e também nas gerais de 2022, acreditando que este é o caminho para que as forças progressistas e populares retornem ao poder.
No entanto, a realidade vem se apresentando numa perspectiva totalmente contrária, pois a impopular direita, cuja política vem sendo sistematicamente rejeitada nas urnas não só no Brasil, mas na quase totalidade dos países latino-americanos, já deu demonstrações claras que não está disposta a respeitar as regras democráticas e constitucionais por ela mesma formuladas. No Brasil, o governo petista saiu vitorioso nas urnas em 2014 e logo em seguida a burguesia e o imperialismo saíram às ruas e aos tribunais para questionar a legitimidade do resultado, o que culminou no golpe de Estado de 2016.
Desta forma, as eleições e o resultado das urnas não podem, por si só, assegurar a vitória e o retorno da esquerda ao governo. Os exemplos recentes da Bolívia e do Uruguai confirmam este fato objetivo, de forma clara e insofismável. Para garantir a vitória da esquerda, caso ela venha a acontecer, pois as manobras e a campanha de ataques da direita e da extrema direita certamente se colocará, é necessário a mais ampla mobilização, um movimento amplo de luta para se opor às manobras e a ação golpista da burguesia e do imperialismo.
Estas e outras questões de importância vital estarão sendo discutidas na Segunda Conferencia Nacional de Luta contra o Golpe, que se realiza neste final de semana, nos dias 14 e 15 de dezembro, na cidade de São Paulo. Ainda há tempo, venha e se inscreva para participar.