“O herói não é o cara que enforcou Tiradentes. Foi o enforcado que virou herói”.
Com esta frase de abertura, do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua defesa entregou à 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, na noite dessa segunda-feira (dia 07), suas alegações finais sobre o processo envolvendo o sítio de Atibaia, localizado no interior de São Paulo.
Com a saída premiada do juiz fascista Sérgio Moro, no final do ano passado, para assumir o Ministério da Justiça, o caso passou às mãos da juíza Gabriela Hardt, que vem adotando os mesmo procedimento arbitrários contra o ex-presidente, com o parte do conluio do judiciário golpista à serviço da sua perseguição política, condenação e prisão.
Nesse processo, o maior líder popular do País é acusado – sem provas – de ter beneficiado empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como OAS e Odebrecht, em troca de propina via investimentos na reforma do imóvel. O caso – de fato – nada tem a ver, diretamente, com a Petrobrás e com a chamada Operação Lava Jato, e já constitui – em si – um abuso total que o mesmo tenha sido encaminhado para a Vara de Curitiba, diante da localização do sítio, do domicílio do acusado (São Bernardo do Campo, SP) etc. O que por si só comprova a arbitrariedade de deixar o caso nas mãos do “Mussolini de Maringá”, encarregado de perseguir e condenar Lula e, agora, recompensado, por isso, com o cargo no governo ilegítimo de Bolsonaro, que só se “elegeu” graças à fraude das eleições realizadas sem Lula.
Sem apresentar provas reais, a não ser delações super premiadas de empresários perseguidos pela Lava Jato, a denúncia do MPF, alega que as duas empreiteiras custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade em troca de uma suposta ajuda do ex-presidente para manter nos cargos ex-executivos da Petrobras.
A defesa de Lula, aponta em seus documentos, que o ex-presidente deve ser absolvido por “insuficiência de provas” e “atipicidade das condutas” do processo.
Reafirma e comprova que o ex-presidente jamais foi proprietário do sítio, que está registrado em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar e denuncia o que chama de “elo artificial” entre a propriedade e as contratações da Petrobras, ou seja, a grosseira falsificação de vincular supostas obras realizadas no sítio no interior paulista com a Petrobrás.
Denuncia também a parcialidade comprovada do ex-juiz Sérgio Moro para julgar o caso, diante do que o mesmo deveria ser remetido a outra Vara de Justiça. O que ficou ainda mais explicito diante do seu conluio com o ex-candidato e, agora, presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, para prejudicar Lula e assegurar a vitória daquele que lhe retribuiu com a nomeação par o primeiro escalão do governo golpista. Segundo a defesa, “não bastasse ter agido para prejudicar Lula e seus correligionários na disputa eleitoral, o antigo juiz do processo, abandonando de vez qualquer aparência de imparcialidade, aceitou o convite para integrar o governo do Presidente Jair Bolsonaro, na qualidade de Ministro da Justiça”.
A partir de entrega das considerações finais, a juíza pode sentenciar a qualquer momento o ex-presidente com uma nova condenação a fim de aumentar sua pena e cumprir o desejo já manifesto da direita de que o mesmo morra na prisão.
Com o no caso do triplex, que rendeu a primeira condenação à Lula, não há provas e o processo está repleto de irregularidades, mas isso nem de longe serve para conter a sanha criminosa da operação lava jato montada para perseguir o ex-presidente, o PT e toda a esquerda e facilitar a ação dos golpistas que derrubaram a presidente Dilma Rousseff e impediram a vitoria eleitoral de Lula nas últimas eleições presidenciais, por cima da Lei e da vontade popular.
A nova condenação e toda a farsa do judiciário explicita a necessidade de uma ampla mobilização revolucionária para libertar Lula e todos os presos políticos e pôr fim à criminosa operação lava jato e o governo golpista que ela ajudou a estabelecer.