O Ministério das Relações Exteriores da Síria reivindicou, na quarta-feira (20), a saída imediata das tropas dos Estados Unidos do território sírio.
A agência estatal de notícias SANA relatou que o governo sírio denunciou a ação das forças americanas no nordeste do país árabe como “práticas hostis”. Além disso, os americanos são acusados de levar adiante uma política de roubo sistemático de recursos petrolíferos e agrícolas no norte da Síria.
Os sírios também apelaram à comunidade internacional para que expresse uma firme condenação das sanções coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos.
Os americanos procuram apresentar a justificativa de que suas forças militares têm por finalidade o combate ao terrorismo na Síria. Contudo, o fato que é os invasores querem se apropriar das riquezas naturais, em particular do petróleo sírio, conforme demonstram inúmeras denúncias publicadas na imprensa.
A Síria é um país importante na geopolítica do Oriente Médio. Desde que a intervenção estrangeira no país teve início, os Estados Unidos forneceram armas aos grupos que se declaravam como opositores do governo nacionalista de Bashar Al-Assad. A Agência Central de Inteligência (CIA, siga em inglês), se destacou no treinamento militar das diversas facções opositoras e no fornecimento de material bélico para derrubar o governo.
É importante assinalar que os militares americanos têm várias posições em áreas controladas pelas milícias curdas no nordeste da Síria. Um outro fator de desestabilização do país são as ações de Israel, que frequentemente realiza bombardeios no território sírio, apoiados pelos EUA. O Departamento de Estado mantém a Síria na lista de países patrocinadores do terrorismo, o que abre o caminho para a imposição de sanções políticas, econômicas e diplomáticas.
A contribuição das forças militares russas foi fundamental para impedir a vitória do imperialismo na Síria. Em diversos momentos cruciais, a atuação estratégica dos russos frustrou os planos dos americanos e seus aliados.
Em 2018, o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) anunciou a retirada dos 2 mil militares americanos na Síria. Segundo ele, estas forças não seriam mais necessárias, uma vez que o Estado Islâmico teria sido derrotado.
A intervenção militar imperialista na Síria é responsável pela morte de centenas de milhares de civis (incluindo idosos, mulheres e crianças), destruição da infraestrutura e serviços públicos essenciais, deslocamento forçado de milhões e generalização da fome e miséria. Atualmente, a Síria se encontra em uma situação de catástrofe humanitária.
É preciso reivindicar a imediata a retirada das tropas imperialistas da Síria e de todo o Oriente Médio.