O Sindicato patronal de Bares e Restaurantes e o Sindicato da Construção Civil conjuntamente com o Sindicato dos Trabalhadores das suas respectivas bases, por conta da Pandemia do Coronavírus, firmaram um acordo, anexo às suas respectivas convenções coletivas, itens temporários para as relações trabalhistas. Dentre os itens consta a diminuição da jornada com a redução dos salários, limitadas a 25%. Em se tratando de interrupção eventual dos trabalhos por parte da empresa, o empregado terá direito a receber 50% dos dias não trabalhados, sendo que esse valor será considerado banco de horas ou será descontado nas férias.
A política dos capitalistas e seus governos reacionários é fazer com que o ônus da crise do coronavírus recaia sobre as costas dos trabalhadores e, nesse sentido começam a realizar acordos espúrios em sindicatos pequenos, com as suas tradicionais direções pelejas ligados, principalmente, à Força Sindical, do arquipélago Paulinho da Força, como é o caso do Sindicato dos Trabalhadores na Indústrias da Construção Civil do Município do Rio de Janeiro. Querem começar pelos pequenos sindicatos, para que essa tendência se alastre para os grandes.
A luta nessa atual etapa, que diz respeito à sobrevivência da classe trabalhadora, não pode ser levada adiante através de um acordo com os patrões, muito menos contando com a benevolência do governo golpista e ilegítimo Bolsonaro e do regime político burguês.
No momento atual dessa crise é uma questão de vida ou de morte a luta pela a diminuição da jornada de trabalho sem a redução salarial, principalmente nesse momento de maior fragilidade dos trabalhadores diante da situação de Pandemia e, a diminuição dos salários, é a pior solução para os trabalhadores.
Neste sentido é necessário organizar a luta, para enfrentar a epidemia e a crise capitalistas, não confiando nos capitalistas, seu governos e suas instituições, que não tem condições de dar uma saída positiva do ponto de vista dos trabalhadores. Redução da jornada de trabalho sem redução salarial, não ao banco de horas, nenhuma demissão, escala móvel de horas de trabalho, redução da semana de trabalho para 35 horas, fazer todos os estabelecimentos funcionar em turnos.