Dando continuidade à campanha em defesa do Plano de Saúde dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, o Sindicato dos Bancários de Brasília realizou, na última sexta-feira (16), em frente ao prédio do Ed. Matriz I, um ato de luta em defesa da saúde dos funcionários e da Caixa como banco 100% público.
A atividade é parte da mobilização nacional dos trabalhadores da Caixa, conforme a deliberação do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) realizado no começo de agosto em São Paulo, com a realização de atos em vários estados do país, no dia 14 de agosto, ficando Brasília realizar a sua manifestação posteriormente, devido a coincidência de datas da realização da 6ª Marcha das Margaridas que aconteceu em Brasília.
Os bancos públicos vêm passando por um sistemático ataque por parte do governo golpista, Bolsonaro, com vista a prepará-los para a privatização e entregar, a preço de banana, o patrimônio do povo brasileiro para os banqueiros nacionais e internacionais, além disso, na esteira da tentativa de privatização está a entrega dos planos de saúde dos trabalhadores dessas estatais, também para os banqueiros. No caso do Saúde Caixa são mais de 300 mil usuários que seriam obrigados a adquirir um plano privado.
O ato contou com a participação de vários representantes sindicais e de Federações, como o presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), Jair Pedro Ferreira, que na sua intervenção declarou que “hoje, a destruição do Saúde Caixa não é apenas uma ameaça, ela está acontecendo. A CGPAR 23 (ele se refere a resolução editada pelo governo em janeiro de 2018, vieram no sentido de aprofundar a liquidação dos planos de saúde das empresas estatais, pois limitam a participação do banco a 50% do custo total de assistência à saúde, a proibição de adesão de novos contratados, restrição do acesso a aposentados, cobrança por faixa etária, carências e franquias, fim do controle por parte dos associados etc. Grifo nosso) reduz a participação da Caixa no financiamento, com ônus imediato para todos nós, e compromete o equilíbrio do plano, que logo se tornará insustentável” (site bancáriosdf).
Além da manifestação de vários outros representantes sindicais e trabalhadores da Caixa, destaca-se a intervenção do representante do Partido da Causa Operária e também diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Ricardo Machado, ao afirmar o que os trabalhadores da Caixa vêm sofrendo, com o desmonte da empresa, é consequência do processo de golpe de estado no país, que tem com um dos seus fundamentos entregar todo o patrimônio dos brasileiros para os capitalista e banqueiros nacionais e internacionais; essa política só será derrotada através de grandes atos e mobilizações dos trabalhadores e a população nas ruas, como vem acontecendo com a Marcha das Margaridas que reuniu cerca de 100 mil pessoas na Capital Federal, os atos no mês de maio com mais de 1 milhão nas ruas em todo o país, etc., onde a palavra de ordem mais cantada era o Fora Bolsonaro, Liberdade para Lula. Neste sentido é necessário intensificar a luta pela derrubada do governo ilegítimo, Bolsonaro e todos os golpistas, pela Liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleições gerais, Lula candidato.