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Aula, só com vacina

SINASEFE faz campanha “Aula presencial só com vacina para todos”

Sindicato dos trabalhadores da educação federal começa a reagir à pressão do governo fascista para o retorno às aulas presenciais.

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica (SINASEFE), sindicato que concentra os professores e técnicos em assuntos educacionais da rede de ensino federal, lançou uma forte campanha contra a atitude criminosa do governo ilegítimo e fascista de Jair Bolsonaro de forçar o retorno às aulas presenciais em toda rede federal de educação. Trata-se de uma reação ao Decreto nº10.620/21, que, de maneira autoritária e ilegal, ordena o retorno completo e total às atividades presenciais nos Institutos Federais e análogos.

O sindicato, que já havia aprovado anteriormente a decisão de que as aulas presenciais só serão retomadas após a imunização, deixa bem claro, nesta campanha, que não quer apenas a vacinação de professores, mas também dos técnicos, dos alunos e dos terceirizados. A campanha é, talvez, a mais clara em trazer à tona a necessidade de vacinar também os alunos e os terceirizados, que são, certamente, os mais vulneráveis.

Diferente do que alguns sindicatos e grupos políticos estão aptos a aceitar, o SINASEFE faz o correto em exigir também a imunização de estudantes e terceirizados. Fica óbvia a clareza política ao entender que o ensino é construído por todos os envolvidos e não apenas pela vontade e ação de uma classe, como os professores.

Se apenas os professores forem imunizados, como é ventilado em diversos estados, a exemplo da Bahia, será posta a última pá de terra sobre o caixão no qual a direita golpista colocou o ensino público brasileiro. Os alunos da rede pública sabem muito bem que o retorno presencial sem imunização é a certeza de que muitos de seus colegas serão mortos pela doença.

Nos Institutos Federais localizados no interior do Brasil, a situação tenderá a ser ainda mais preocupante, pois, nestas cidades o sistema público de saúde virtualmente inexiste. Além disto, diversos campi recebem alunos várias cidades em seu entorno. A disseminação da doença em regiões inteiras será inevitável, levando a população, já vulnerável, a um cenário de genocídio.

O cuidado com os terceirizados também é um ponto importante. Em muitos campi pelo Brasil todo, os terceirizados correspondem a uma importante parcela da força de trabalho, apesar de receberem um salário bastante inferior e quase não terem direitos. Sua condição exige que uma defesa clara e constante dos terceirizados, buscando defendê-los neste cenário de pandemia, cortes de orçamento da educação e demissões em massa.

A posição do SINASEFE nesta campanha contra o retorno às aulas presenciais mostra que o desenvolvimento da situação política no Brasil o obriga a adotar uma inclinação mais à esquerda, visando o combate direto ao governo da direita destruidora de direitos do povo. Isto abre a possibilidade para que o sindicato, que conta com potencial força em todo território nacional, apresente-se com um programa de luta real e efetivo. Para isto, deverá investir, agora, mais do que nunca, na mobilização da suas bases e incentivar o debate acerca do problema com estudantes e toda comunidade em torno das Instituições Federais de Ensino.

Diferentemente das outras categorias de trabalhadores, o ambiente da educação permite que os professores tenham maior possibilidade de diálogo com a juventude, esclarecendo-a sobre os reais motivos que impedem o retorno às aulas presenciais. Os ataques da direita golpista são, fundamentalmente, um ataque à juventude, pois a burguesia sabe que esta é a camada mais revolucionária da sociedade.

A campanha do SINASEFE coloca Bolsonaro como grande vilão da situação atual. Isto não deixa de ser verdade, entretanto, pelo fato do escopo do sindicato ser da educação federal, perde-se a noção de que não apenas Bolsonaro, mas também os governadores “científicos” e “civilizados” são parceiros neste genocídio planejado. É necessário que cada seção sindical esteja atenta a isto, pois o retorno das aulas nas redes estaduais e municipais criará uma pressão ainda mais violenta sobre o ensino federal pelo retorno às atividades presenciais. Torna-se vital apoiar os sindicatos dos educadores dos estados e municípios em seus greves e atos.

Além disto, o SINASEFE, assim como os demais sindicatos e organizações de esquerda, devem se mobilizar pela derrubada do governo ilegítimo e a realização de eleições gerais, sem restrição de candidaturas e sem alianças com a direita golpista que colocou Bolsonaro no poder. Apenas assim será possível reverter o quadro de ataques à educação pública brasileira.

Os ataques à educação e ao povo devem acabar! Para isto é hora de mobilizar a classe trabalhadora para combater o governo fascista e ilegítimo!

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