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Eugênio Aragão

Sim, é um problema entre esquerda e direita

É preciso delimitar, para permitir uma evolução política dos trabalhadores, quem são inimigos do povo e quem são seus aliados, entre esquerda e direita.

O ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, publicou recentemente uma coluna no Brasil 247. Intitulada “Não se trata de esquerda ou direita, mas do que é certo ou errado”, a matéria acerta quando diz que Lula está certo em radicalizar e polarizar com os golpistas. Segundo Aragão, os golpistas querem um Lula “quieto, que ‘tenha aprendido’ com o opróbio que sofreu. Pretendem-no um eunuco no espaço politico, um placebo, um bibelô para ser admirado por uns, mas largado na vitrina das preciosidades do canto da sala”.

A direita, desde que Lula foi solto, tem dado afirmações catastróficas, denunciando a polarização política e comparando Lula a Bolsonaro. Segundo o próprio Aragão, “o discurso de que ‘radicalizar’ seria um tiro no próprio pé do PT vem acompanhado de cínicas comparações entre Lula e Bolsonaro, como se fossem dois lados de uma mesma moeda, que teria que ser lançada ao lago, para a razão, o centro, prevalecer”. De fato, o centro falido da burguesia golpista, composto por partidos totalmente em crise, como o PSDB e o MDB, estão procurando conter a polarização, isto é, o desenvolvimento da luta de classes, para “o centro prevalecer”.

Porém, o ex-ministro peca quando afirma, no último parágrafo: “não se trata, aqui, na nova etapa de lutas que se inicia com o discurso do maior líder popular na história republicana, de conflito entre esquerda e direita, mas, muito mais profundo do que isso, do confronto ético entre o que é certo e o que é errado”. Se “certo e errado” são valores morais relativos, esquerda e direita são espectros políticos muito bem definidos. Por isso, seria muito mais compreensível separar a luta no país entre direita e esquerda do que em “certo e errado”.

Como é dito sempre por este jornal, é preciso dar nome aos bois. Há, na luta política, aqueles que estão do lado do povo, das organizações populares e sociais, dos sindicatos, dos direitos democráticos e assim por diante; e aqueles que estão do lado da burguesia, dos principais inimigos da população e de suas organizações de luta, contra os direitos democráticos mais básicos do povo. Por isso, é muito importante dizer que os primeiros citados são a esquerda, enquanto que os outros são a direita.

É um problema de delimitar quem é quem para, assim, orientar no processo de conscientização dos trabalhadores do povo. Separar entre “certo e errado” é subjetivo, cada um tem sua concepção do que é certo e do que é errado. Os bolsonaristas, por exemplo, acham certo o assassinato da população pobre e de seu encarceramento em massa, assim como julgam certo vários outros ataques contra a população. Por isso, é preciso dizer claramente: estes, que defendem os ataques contra a população, são de direita, pois isso permite que os trabalhadores enquadrem seus inimigos em uma definição certa. Além disso, permite delimitar os aliados também, que é a esquerda.

Desta forma, delimitar entre “certo e errado”, que é um problema moral, é ruim. Enquanto que delimitar de forma política, entre direita e esquerda, golpistas e não golpistas e assim por diante, é muito melhor e permite a evolução política do conjunto da população.

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