Em 2016, a direita conseguiu derrubar a presidenta Dilma Rousseff, do PT, concretizando, assim, um golpe de Estado. Na época, contudo, muitos fizeram um enorme esforço para minimizar o acontecimento. Uns diziam que o golpe era apenas uma vingança do deputado Eduardo Cunha, que estava insatisfeito com o PT. Outros diziam que o golpe seria apenas um “golpe palaciano”, isto é, uma trapaça do vice-presidente sobre o presidente.
Embora o golpe tenha contado com vários atores, entre eles Eduardo Cunha e o então vice-presidente Michel Temer, o fato é que a derrubada de um governo democraticamente eleito não acontece simplesmente pela vontade de um indivíduo. Na verdade, os monopólios internacionais, que controlam um contingente gigantesco de soldados armados, que controlam os veículos mais assistidos e lidos da imprensa e que dispõem de trilhões de reais para corromper qualquer pessoa, foram os verdadeiros responsáveis pelo golpe de Estado.
Os interesses dos monopólios sempre estiveram bem claros desde o começo: retirar os direitos políticos da população para impedir a reação ao golpe, reduzir ao máximo os salários dos trabalhadores e explorar todas as riquezas do país pagando um preço irrisório. Assim, a Shell, quando ajudou a dar o golpe de Estado no Brasil tinha, desde o início, o interesse de acabar com a Petrobras e assumir o controle da venda do petróleo brasileiro.
Por isso, a Shell é a verdadeira culpada pela alta da gasolina. A pressão para que a Petrobras fosse esfacelada e que o controle da venda do petróleo e seus derivados ficasse nas mãos da burguesia mais pró-imperialista não poderia levar a outra coisa que não ao aumento absurdo do preço da gasolina.
Por isso, é necessário lutar contra o golpe, fortalecer os comitês de luta e exigir a liberdade de Lula.