O Serviço Social do Comércio (SESC) do estado do Piauí deseja batizar uma de suas escolas com o nome do presidente fascista Jair Bolsonaro. Segundo o presidente do conselho regional do Sesc – PI, Valdeci Cavalcante, que espera o aceite de Bolsonaro, a medida não teria o intuito de homenagear o presidente fascista, mas ao contrário, seria o próprio Sesc que seria homenageado caso Bolsonaro aceitasse dar seu nome à instituição.
Segundo Cavalcante, o presidente ilegítimo que pretende acabar com a aposentadoria dos trabalhadores, entregando a previdência aos bancos, que pretende entregar a Amazônia e todas as empresas nacionais para o imperialismo dos Estados Unidos da América, que rende homenagens a torturadores da ditadura militar, que incentiva a morte de pessoas ligadas a movimentos sociais como o MST, está “salvando o Brasil da deterioração” e que “representa para as pessoas de bem um símbolo de restauração”.
A única restauração que Bolsonaro representa no país é a restauração de um regime de terror, como foi o regime da ditadura militar, tão vangloriada pela direita e pela família fascista de Bolsonaro.
No começo do ano, o ministro da economia e espécie de guru econômico neoliberal do governo, Paulo Guedes, prometeu “passar o facão” no Sistema S, do qual faz parte o Sesc, mas também fazem parte mais 8 instituições como o Sebrae, o SESI e outras. Não é de se admirar que essas organizações, que há algum tempo cobram mensalidade em muitos lugares, muitas vezes com valores pesados para o bolso do trabalhador, tomem atitudes como essa. Apesar das ameaças de Paulo Guedes, a burguesia que toma conta dessas instituições apoiou o golpe de estado em 2016, como é o caso da FIESP, da qual fazem parte o SESI-SP, o SENAI-SP e inúmeros sindicatos de caráter patronal.
A escola, que será uma escola militar, com direito a matérias como Educação Moral e Cívica, ao estilo da ditadura militar, demonstra como a política da direita é totalmente demagógica. Enquanto Bolsonaro defendia o “Escola sem Partido” em seu discurso, na prática o que vemos é cada vez mais uma “Escola com Fascismo”, dando o nome do presidente ilegítimo e golpista à instituição. É uma clara política de direita do ensino, da maneira como era feita na Alemanha Nazista.
Valdeci Cavalcante disse também que deseja que a escola sirva de exemplo para escolas de outros estados do país, o que demonstra como a medida de dar o nome de Bolsonaro a instituição, e de expandir as escolas militares que nas palavras de Cavalcante terão matérias ministradas por membros das forças armadas e “pessoas de bem” dos comércios locais, pode ser expandida para os demais estados do Brasil.
Os movimentos dos estudantes, dos professores e funcionários da educação, não devem permitir que a educação brasileira seja entregue ao fascismo. É preciso mobilizar a população lutando pelo Fora Bolsonaro, só o povo nas ruas é capaz de derrotar o governo ilegítimo, golpista e fascista.