No último dia 30, servidores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) entregaram uma carta aberta ao presidente do órgão, Homero de Giorge Cerqueira. No documento, assinado por mais de 350 funcionários, os servidores pedem “fim à política de assédio e intimidação de servidores, envolvendo, entre outras estratégias, as remoções de cunho punitivo, o cerceamento à livre manifestação, além de críticas e insultos às instituições e servidores por parte do alto escalão do governo federal”.
Essa não é a primeira vez que servidores de um órgão ambiental criticam a política das direções. Há alguns dias, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) publicaram uma carta direcionada ao presidente da instituição. Na carta, os funcionários criticam diretamente o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, alegando que o seu discurso de “tolerância zero” com os crimes ambientais era vazio – isto é, que era contrário à sua política de destruição do patrimônio ambiental nacional.
A reação dos servidores do Ibama e do ICMBio mostra que a extrema-direita bolsonarista está disposta a perseguir todos aqueles que possam representar alguma oposição à sua política de guerra contra o povo. Conforme tem sido demonstrado nos atos fracassados em favor de Bolsonaro, a extrema-direita não é popular – por isso, necessita lançar mão de recursos como a intimidação violenta, o assédio e a perseguição nas ruas e nos ambientes de trabalho para se impor.
Diante da falência dos partidos tradicionais da direita, a burguesia está impulsionando o crescimento da extrema-direita e incentivando sua organização. No Conselho Federal de Psicologia, por exemplo, uma chapa bolsonarista foi criada para tentar impor a “cura gay”. É preciso, portanto, barrar esse avanço imediatamente.
A única forma de impedir que a extrema-direita se desenvolva e crie condições para ampliar os ataques à população é através da mobilização popular contra todos os golpistas. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula!