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Ataque ao povo e meio ambiente

Servidores denunciam demora do governo para combater mancha de óleo

Servidores do federais do Meio Ambiente denunciam crime do governo federal

 

 

A  Associação dos Servidores de carreira e especialistas em Meio Ambiente (ASCEMA Nacional) denunciaram através de nota pública a nível nacional o crime contra o povo e contra o meio ambiente cometido pelos criminosos de plantão no Palácio do Planalto, denunciando diretamente o governo Bolsonaro pela total omissão frente aos graves acontecimentos ocorridos em alto mar, onde até o momento sequer, dada a incompetência deste governo e do Ministério do Meio Ambiente, na melhor das hipóteses, conseguiram  rastrear e descobrir a causa do grande acidente, ou ainda podem estar escondendo crime de vazamento de óleo, das bacias privatizadas.

A ASCEMA chama a atenção para o total descaso do governo Bolsonaro frente ao atual desastre ambiental com milhões de litros de óleo espalhados pelo litoral brasileiro de envolvendo o derramamento de óleo desde o norte já chegando agora à região sudeste do país, onde manchas de  petróleo já impactam as praias do Espírito Santo.

Somente no começo de outubro, mais de um mês após o aparecimento das primeiras manchas de óleo; enquanto milhares pessoas voluntariamente já trabalhavam para a limpeza das praias nordestinas, sofrendo inclusive casos de contaminação com comprometimento da saúde; o MMA emitiu um ofício para Marinha do Brasil, designando-a como autoridade operacional para ações do Plano Nacional de Contingência.

Além do verdadeiro absurdo de um governo nacional, não tomar ações durante mais de 35 dias com desastre de tamanha magnitude, o que ocorreu após confirma, que é o governo Bolsonaro, quem de fato, precisa de cadeia. Todas as ações do governo acontecem de forma individualizada, desarticulada e descoordenada, inclusive ampliando os problemas para a população e o meio ambiente.

A associação dos servidores em meio Ambiente, denuncia ainda, que vários setores capacitados como o Centro Nacional de Monitoramento de Informação Ambiental (Cenima) poderia ter apoiado desde o início a investigação da origem do vazamento, de forma articulada com outras instituições, como o INPE e as universidades federais brasileira, mas NADA foi realizado.

Outro importante órgão, a coordenação de licenciamento de petróleo e gás da DILIC/IBAMA poderia ter contribuído para o trabalho de modelagem de dispersão do óleo, uma vez que conta com servidores capacitados e experientes no assunto, evitando que a modelagem fosse pautada em informações de empresas privadas.

Para este que já é o maior acidente ambiental em extensão com petróleo da história brasileira completa 80 dias, desde a denúncia do primeiro sinal do petróleo derramado que foi registrado em três praias do litoral paraibano, no dia 30 de agosto passado. Durante todo este período o vazamento se espalhou por 80 cidades nos 9 Estados do Nordeste, chegando agora ao litoral sudeste do país. Em todo este período, cerca de 180 toneladas de óleo cru foram recolhidas das praias nordestinas e sequer há um cálculo de quanto petróleo ainda está no mar.

O acidente, criminoso ou não, demonstra inúmeros problemas que comprometem a gestão golpista da costa brasileira, no tocante a fauna marinha, terrestre, comprometimento social que já está atingindo importantes parcelas das populações litorâneas.

No aspecto do meio ambiente, inúmeras são as denúncias do desastre ambiental que está matando milhares de animais marinhos e terrestres, só para citar alguns exemplos, já foram coletadas mortas mais de 20 grandes tartarugas marinhas, peixes boi, golfinhos e milhares de peixes, além de aves predadoras mortas que são detectadas em toda a costa.

Como já demonstrado acima pelo ASCEMA, as investigações que caminham a passo de tartaruga, do ponto de vista do interesse do governo golpista em solucionar o problema assim como minimizar os resultados do acidente, apontam três possíveis causas para o derramamento de petróleo, que poderia ser um naufrágio recente, mas que não foi detectado por radares ou rádio; um possível navio naufragado há décadas e que agora poderia ter rompido seus tanques de estoque. Já a hipótese mais considerada para explicar o petróleo na  costa do Nordeste brasileiro é um algum acidente não informado às autoridades brasileiras envolvendo um ou mais navios-tanques. Há dois anos uma colisão entre dois navios-tanques que transferiam petróleo da petrolífera norte americana, a Shell, no mar aconteceu no litoral brasileiro em julho de 2017 e na época não foi relatada a quem de competência no Brasil.

Ao contrário do que relatam setores do governo, da marinha e o próprio Bolsonaro que procuraram inclusive incriminar a Venezuela,(como a fake espalhada aos milhares que petróleo teria sido jogado por navio venezuelano)para favorecer seus planos de ataque ao único país no qual um governo enfrenta abertamente o imperialismo norte americano.

Segundo conclusão de análise feita pela Universidade Federal do Sergipe, o petróleo é o mesmo encontrado em barris da Shell que também apareceram na costa nordestina nas últimas semanas.

O acidente de 2017, descoberto pela agência de notícias Reuters, ocorreu no momento de uma transferência de petróleo de navio para navio (ship-to-ship, no jargão do setor) conduzida pela britânica Fendercare Marine, maior empresa do mundo especializada neste tipo de operação. Questionada pela Reuters, a Shell relatou que foi apenas um “abalroamento leve”. Procurando esconder o crime a STS Knutsen NYK Offshore Tankers, segunda maior operadora de navios-tanques do mundo, e que operava os navios envolvidos naquele acidente não havia necessidade de informar porque não houve impacto ambiental e os danos foram pequenos. No entanto, um dos navios envolvidos no “abalroamento leve” sofreu danos da ordem de um milhão de dólares.

Segundo informações da Reuters, não batem as informações apresentadas pelos golpistas, a época, a Marinha do Brasil disse que havia registrado 59 operações de transferência de petróleo ship-to-ship na costa brasileira até o dia 30 de outubro de 2018, já a agência de informações alemã verificou 65 operações deste tipo no mesmo período, somente de  responsabilidade da Shell. Segundo projeção da OceanPact, empresa que lida com derramamentos de petróleo no mar, o número de transferências de petróleo entre navios no Brasil pode chegar a 300 em 2022.

Um fato, que demonstra a complacência do governo com o acidente criminoso é a própria nota da marinha que diz ter empenhado cinco navios e uma aeronave nas operações de análise e monitoramento, com 1.583 militares. Note-se que apenas para a costa litorânea nordestina possui mais de 3.000 quilômetros de extensão. Ou seja, como é possível vasculhar 3 mil km de litoral com apenas 5 navios e UMA aeronave, uma verdadeira farsa, montada, a la golpe de Estado, para quem sabe, usar este acidente para em última análise, favorecer os interesses imperialistas contra o Brasil e contra a Venezuela.

A Associação dos servidores federais (ASCEMA), ainda faz questão de deixar claro em sua denúncia que o Brasil dispõe de arcabouço legal e de instituições qualificadas que poderiam ter tratado com clareza e eficiência as funções específicas que incumbia a cada entidade nesse tipo de desastre ambiental.

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