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Futebol moderno.

Serra Dourada: descaso com estádio é pretexto para arenas

O futebol, manifestação cultural e política de massas no Brasil, é vítima do imperialismo. A substituição dos templos do futebol pelas elitistas arenas é mais um sinal desta crise.

Todos os torcedores brasileiros sentem, em alguma medida, uma necessidade real de resgatar o que existe de mais importante no futebol: sua história, suas raízes e os trabalhadores e trabalhadores festejando na arquibancada. O Brasil pode não ter inventado o esporte, mas foram os operários, imigrantes e o nosso povo que transformaram o futebol em paixão, com um estilo próprio e inconfundível de se jogar e de se torcer. Mais do que nunca, a burguesia imperialista tem ameaçado esse verdadeiro patrimônio popular.

O Diário da Causa Operária tem, há muito tempo, denunciado o caráter de classe do chamado “futebol moderno”- é um futebol imposto à força pelas instituições que dominam o esporte, importando para a América Latina um estilo que nada tem a ver conosco; é um futebol dominado pelos monopólios de mídia e pelos grandes grupos empresariais. O futebol moderno é o futebol anti-povo, burguês e europeu. Como não poderia ser diferente, é também uma arma na mão do imperialismo a fim de combater o desenvolvimento da consciência de classe dos trabalhadores inseridos no esporte e um meio dos capitalistas de levarem adiante uma disputa política com a finalidade de aumentar ainda mais a sua influência e seu domínio sobre toda a sociedade, particularmente, sobre o Brasil.

Um sintoma gravíssimo deste problema tem aparecido agora, às vésperas do aniversário de 45 anos do estádio Serra Dourada (Goiânia-GO). O estádio encontra-se totalmente negligenciado, com problemas estruturais e administrativos seríssimos, não havendo condições atuais de receber partidas, embora o futebol goiano viva grande fase no Campeonato Brasileiro.

Embora os problemas sejam registrados há um longo tempo, chama atenção a fala de Rafael Rahif ao Globo Esporte, órgão da grande mídia capitalista, em entrevista publicada no dia 09/03/2020. Segundo Rahif, que é secretário de Esportes do governo golpista e burguês de Ronaldo Caiado, seria improvável que o estádio estivesse pronto até o início do Brasileirão, enaltecendo logo em seguida o Serra Dourada como símbolo do futebol goiano, em uma fala abertamente demagógica e falsa.

Primeiramente, é fato notório que o Governo de Goiás não pensa na restauração do Serra Dourada tendo em vista a volta do povo aos estádios, o barateamento dos ingressos e o retornos das festas com bateria, pirotecnia e torcidas organizadas na arquibancada: pensa exclusivamente em uma arena estéril e lucrativa, não importando que o melhor do futebol goiano e brasileiro seja destruído nesse processo.

Podemos confirmar este fato com as falas das diretorias dos grandes clubes de Goiás. Todos indicam priorizar a construção de arenas privadas ao estilo europeu, sem colocar o Serra Dourada diretamente em seus planos. Ou seja, está aberto o espaço para que, semelhante ao Pacaembu em São Paulo, mais um estádio histórico seja completamente apagado.

É preciso lembrar que o futebol brasileiro é história, é memória, e o interesse do imperialismo em se impôr no futebol brasileiro atropelará ainda mais esse patrimônio. A proximidade de Bolsonaro com as diretorias de diversos clubes aponta que o Serra Dourada é apenas um capítulo da tentativa de destruição do nosso futebol.

É necessário colocar os clubes sob o controle popular dos seus torcedores, lutando contra a influência da imprensa capitalista e das grandes empresas nos times. É preciso derrubar o governo Bolsonaro, que pretende não apenas acabar com o futebol, mas também com todas as demais conquistas dos trabalhadores brasileiros.

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