O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou o projeto de lei que cria a “Patrulha Maria da Penha”, conjunto de ações para monitoramento da segurança de mulheres vítimas de violência doméstica no estado de São Paulo. O Projeto é de autoria do deputado fascistaTenente Nascimento do PSL, e entrará em vigor em 90 após a publicação em Diário Oficial. O projeto não especifica como funcionará o monitoramento pois foram vetados os artigos que estabeleciam a composição da equipe por profissionais de diversas áreas como, advogados, psicólogos e assistentes sociais deixando à cargo da PM o trabalho de monitoramento.
A ideia de criação de uma equipe para garantir a segurança das mulheres em situação de violência doméstica é aplaudida por diversos setores , em especial a esquerda pequeno burguesa da mesma forma que apoiam a própria lei Maria da Penha. Esquecem estes setores ou desconhecem que após a promulgação da Lei em 2006 , os índices de violência à mulher quadruplicaram no Brasil, nada impactando no objetivo nobre de proteção à mulher. Somente em 2019 houve um aumento de 29% de assassinatos de mulheres na capital Paulista, batendo recorde desde o início da série histórica em 2015. Iniciativas como estas de rondas ou patrulhas em outros estados da federação também não lograram êxito em seu objetivos de redução da violência contra a mulher mostrando-se serem medidas inócuas.
Falta de conhecimento aliada a ilusão é o que se pode dizer do apoio dado pela esquerda pequeno burguesa a estas medidas. Fantasia por crer que equipes compostas por mulheres na Policia Militar seriam menos fascistas, como se pessoas do sexo feminino fossem imunes ao condicionamento ideológico proposto e levado adiante pela PM. Ingênuas por achar que uma Lei proposta por um deputado ultra- direitista tenha algum tipo de boa intenção em relação à proteção das mulheres , em especial as da camada mais pobre da população, principais vítimas da violência doméstica. E desprovidas do bom senso ao aplaudir o governador fascista João Dória por promulgar tal lei.
A Polícia Militar é uma instituição de extrema direita que sempre esteve ligado, não com a segurança da população, mas com a repressão e assassinato de trabalhadores, principalmente os mais explorados, como os negros e pobres das periferias. Por que no caso da suposta defesa da mulher ela seria diferente?
Esperar que deste balaio repressor saiam ações efetivas em prol da proteção da mulher trabalhadora é viver em uma realidade alternativa. Ou seriam Dória, PM e PSL feministas?