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Cresce 101% ataque a indígenas

Sergio Moro ignorou pedidos de proteção aos indígenas Guajajara

Os indígenas ao pedirem ajuda a Sergio Moro ou a qualquer integrante do governo Bolsonaro estão exigindo que seus principais inimigos os socorram

No dia 9 de dezembro, Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, comunica que a Força Nacional de Segurança Pública vai ao Maranhão para apurar a execução de Firmino Prexede Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara. E que a Polícia Federal irá investigar o caso.

Os indígenas do município de Jenipapo das Vieiras (MA) foram assassinados no dia 7 de dezembro, quando retornavam de uma reunião com membros da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da Eletronorte. De dentro de um carro Chevrolet Celta branco, com vidro espelhado, saíram os disparos que causaram os homicídios.

Desde o dia 23 de setembro, o secretário estadual de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, enviou ofício diretamente ao Sergio Moro: “para ciência e tomada de providências quanto à proteção de mulheres, idosos e crianças indígenas, na Terra Indígena Governador, localizada no município de Amarante”. Não obteve resposta. Gonçalves enviou também ofício ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) informando que os indígenas Guajajara sofriam “ameaças constantemente em relação à atuação ilegal de madeireiros na região” e “pedindo providências cabíveis no âmbito de suas atribuições”.

Em novembro, Paulo Paulino Guajajara, 26 anos de idade, foi assassinado também em emboscada na Terra Indígena Arariboia, em Bom Jesus das Selvas (MA), a 280 km de Jenipapo.

No dia 24 de setembro, o Conselho Indigenista Missionários (CIMI), ligado à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou em Brasília nova edição do relatório “Violência contra os Povos Indígenas do Brasil”. As edições anteriores apontaram que de 2017 a 2018 o número de ataques a áreas indígenas cresceu de 96 para 109, atingindo 76 terras indígenas. Na edição de setembro de 2019 mostrou uma explosão da quantidade de registros desse tipo de ocorrência; sendo de 160 invasões em 153 terras indígenas.

Isto é quando ainda faltavam três meses para encerrar o ano já contabilizava aumento de 44% no total de ataques e de 101% de terras atingidas. Nesse mesmo período em relação ao ano passado houve aumento de ocorrência de ataques de 13 para 19 estados da Federação.

O presidente do CIMI, D. Roque Palosqui, arcebispo de Porto Velho, associou em entrevista diretamente Bolsonaro a esse índice: “esses números mostram as consequências do discurso do presidente”. Ainda segundo o CIMI, as invasões agora seguem um novo padrão em que os criminosos estabelecem bases dentro das próprias terras indígenas para demarcar lotes irregulares, derrubada ilegal de madeiras nobres ou abertura de pastagens e garimpos.

Sergio Moro, foi o juiz que condenou Lula por “convicção” (palavra do próprio ex-juiz) e não com base em alguma prova e no mesmo ano da eleição presidencial. Favorecendo diretamente Bolsonaro, quem o presenteou com o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O envio da Força Nacional de Segurança Pública e a Polícia Federal ao Maranhão é além de uma demagogia que se percebe por Moro ter ignorado meses de pedido de socorro, mas constitui na realidade uma maior ameaça contra os indígenas que não estão fortemente armados como a Força Nacional do governo golpista e deliberadamente assassino do povo indígena.

Os indígenas ao pedirem ajuda a Sergio Moro ou a qualquer integrante do governo Bolsonaro estão exigindo que seus principais inimigos os socorram. Obviamente que as emboscadas e a repressão apenas vão aumentar com esse Cavalo de Troia.

O povo indígena precisa estimular, criar e intensificar comitês de autodefesa. Se defender com tudo o que conseguirem sem nenhuma confiança nas instituições apenas neles mesmos.

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