O grupo Acredito, que apoiou as candidaturas de Tabata Amaral (PST) e Felipe Rigoni (PSB), defendeu os deputados por terem votado a favor da Reforma da Previdência. O grupo que apareceu com a bandeira da “Renovação política” se aliou aos velhos políticos reacionários do Congresso para roubar a aposentadoria dos trabalhadores.
O grupo procurou defender um dos maiores roubos da história do Brasil com uma justificativa “contra a polarização”. “A lógica da polarização não está acostumada ao que aconteceu, porque depende de dois extremos para funcionar”, disse à Folha de S. Paulo o Coordenador Nacional do Acredito, Samuel Emílio.
“Isso causa um ‘nó’ no sistema, porque esses deputados optaram por não serem radicais, não abraçarem um lado ideológico de modo fanático”, quer dizer, a polarização é coisa de fanático, como afirma o grupo de Tábata Amaral. Para não polarizar, é preciso defender a Reforma da Previdência de Bolsonaro, que é de extrema-direita.
Ou seja, reafirma algo que já vinha sendo denunciado há muito tempo: a luta “contra a polarização” é a luta em defesa da manutenção do golpe de Estado. A polarização significa que a sociedade está mobilizada politicamente, algo que os golpistas não querem, pois prefeririam levar adiante os ataques com uma passividade do povo.
Não ser “fanático”, segundo os golpistas, é defender o que os golpistas defendem. Aqueles que se colocarem contra eles são logo chamados de fanáticos. Por isso, o grupo de Acredito, de Tábata Amaral, é golpista. Um de seu principal pilar é a luta contra a polarização. Que, em outros termos, significa, a luta em defesa do atual regime golpista. Por isso também, segundo a própria coordenação do movimento, a Reforma da Previdência também era um ponto prioritário.