O sindicato dos profissionais da educação, o Sepe-RJ, afirmou que irá realizar uma assembleia da categoria na próxima terça-feira, 10, para aprovar a continuidade da greve dos trabalhadores da educação contra a volta das aulas presenciais. Trata-se de uma medida fundamental dos professores e funcionários para se evitar o genocídio planejado pelo prefeito golpista.
No último dia 4 de novembro, o prefeito golpista do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou que as aulas presenciais nas redes públicas e privadas do município do Rio de Janeiro devem retornar a partir do próximo dia 19 de novembro. A prefeitura utilizou como pretexto para o retorno das aulas a justificativa de que a população carioca já teria formado a chamada “imunização de rebanho”, o que permitiria a volta dos alunos e professores.
Trata-se de uma política genocida, uma vez que não há qualquer controle por parte das prefeituras e dos governos da pandemia, da disseminação do vírus. Na Europa, por exemplo, praticamente em todos os países ocorre uma segunda onda de contaminação da doença, levando ao aumento do número de pessoas contagiadas e mortas. A reabertura das escolas, em uma cidade central como o Rio de Janeiro, com uma vasta rede de escolas, inevitavelmente vai acarretar no aumento de contaminados e mortos pela doença.
A política de reabertura é impulsionada pelos capitalistas nacionais e internacionais, donos dos monopólios da educação, que querem a todo custo jogar jovens, crianças e os trabalhadores da educação à exposição do vírus. Em alguns locais do País, como em Manaus, esta política já está em voga desde o meio deste ano, levando ao aumento da contaminação entre os professores e estudantes. Em outros estados, como em São Paulo, o governo golpista em conjunto com as prefeituras busca ir aos poucos pressionando para que professores e estudantes voltem às escolas.
Para levar essa política, defendida por todos os governos, a direita utiliza dos setores da extrema-direita, que organizam atos de rua pedindo a reabertura das escolas, no Rio de Janeiro, por exemplo, já ocorreram diversos atos de tais setores com esta reivindicação.
Além da continuidade da greve, é necessário mobilizar nas ruas contra a tentativa da prefeitura do Rio de Janeiro de retomar as aulas presenciais. É preciso defender à volta às aulas presenciais nas escolas somente com a vacina. A luta dos trabalhadores da educação, em conjunto com as famílias, os estudantes, pode impedir o genocídio nas escolas do Rio de Janeiro.