No dia 15 de outubro é celebrado o dia dos professores, porém diante da ameaça de retorno as aulas com a pandemia, os salários arrochados e o aumento do desconto previdenciário para ativos e inativos. Não há nada em comemorar e sim protestar contra o descaso do poder público.
No dia dos professores faz muita demagogia em relação a profissão, falam em valorização, dedicação e vocação. Porém o que devemos debater é as mazelas do abandono com os profissionais da educação, falta de investimento, péssimas condições de trabalho e salários defasados.
Os professores gaúchos realizaram um ato simbólico na manhã desta quinta-feira (15), em frente ao Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre, para denunciar que o dia dos professores não deve voltar as aulas presenciais, pois o governador golpista Eduardo Leite (PSDB) para a próxima terça-feira (20) quer o retorno das aulas no Estado.
Os golpistas como Eduardo Leite e outros governadores e o próprio Jair Bolsonaro querem que as aulas retornem a todo custo, pois estão interessados em agradar seus patrões que são os bancos e os empresários.
A data foi marcada por protestos também em todo o estado do Rio Grande do Sul, os professores foram às ruas para denunciar a postura genocida do governador, uma vez que impõe a volta às aulas presenciais sem oferecer as condições sanitárias necessárias para um retorno seguro.
A realidade mostrou onde voltou as aulas presenciais houve um aumento exponencial nos casos de infectados e mortos, nos países da Europa que retomaram as aulas tiveram que retroceder, pois houve a segunda onda de contágio..
A realidade tem mostrado, somente a mobilização dos professores, pais e alunos tem barrado o início das aulas durante a pandemia. É preciso organizar um movimento nacional, pois o retorno somente deve ocorrer com a vacina e o fim da pandemia. As escolas não tem condições nenhuma de receber os alunos, é preciso abrir um amplo debate para construção de novas escolas e adaptação das existentes, pois os espaços irão mudar após a pandemia.