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Situação crítica

Sem testes, sem respiradores: África se prepara para o pior

A África terá de enfrentar um enorme desafio para conter os dolorosos danos de vírus ao mesmo tempo em que colhe os amargos frutos do neoliberalismo

O impacto do novo coronavírus (Covid-19) nos países africanos tende a ser devastador. A precariedade do sistema de saúde, acrescido de outros problemas estruturais como a falta de água potável em diversas regiões, alta concentração populacional nos bairro pobres de diversos países, a grande concentração de pobreza etc., podem levar a uma situação de calamidade ainda não vista em nenhum continente vítima do vírus.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África), até a última quinta-feira (09) o continente contava com 12,973 casos confirmados e 693 mortes por Covid-19. Os países mais afetados são a África do Sul, tem o maior número de casos (2.003), com 24 mortos, e a Argélia em 1.761 infectados e o maior número de mortos, 254. 

Dos 55 países e territórios, 51 já apresentam algum caso confirmado da nova doença. Em contraste com a expansão do vírus que já afeta quase todo continente, está a infraestrutura para o combate ao contágio. A República Centro Africana, por exemplo dispõe de apenas três respiradores para atender toda a população de 5 milhões de pessoas. Em Serra Leoa há 18 respiradores para os 17,5 milhões de habitantes, em Burkina Faso há 11 respiradores para os mais de 19 milhões de habitantes, isso para ser ter uma dimensão da catástrofe que se aproxima dos africanos. 

Além dos respiradores, essenciais para o tratamento de um significativo número de casos da doença, faltam leitos em hospitais, UTIs e pessoal qualificado condizente com a população em todos os países do continente. Outro problema apontado por especialistas e a higiene, já que o acesso à água potável e restrito em diversos países e regiões, tendo a população em diversos casos que recorrer a poços artesianos ou a torneiras públicas o que dificulta a higienização constante das mãos, que é importante no combate a transmissão do vírus.

Outros problemas se somam, com o colapso do sistema de saúde que o Covid-19 costuma provocar devido ao grande número de pessoas que necessitam de atendimento médico, a mortalidade por outras doenças tende a aumentar uma vez que não há possibilidade de atendimento médico. Espera-se que surtos de outras doenças, caso essa crise venha se confirmar, castigue ainda mais as populações da África. 

As medidas de isolamento social e fechamento das fronteiras ja tomado por alguns países, como África do Sul, Nigéria, Gambia, Quênia, que estabeleceu um toque de recolher debilitam ainda mais a economia destes países o que é um outro fator de crises. 

Notadamente que a debilitação econômica, infraestrutural destes países se deve à colonização mas mais recentemente a política neoliberal que devastou o continente nos anos 1980 e 1990. Por exemplo, quase todo o sistema de saúde dos diversos paises, que forma no passado públicos, ainda que insuficientes, forma privatizados não existindo mais sistema público Estatal de saúde no Continente. Os hospitais são em geral privados e funcionam por pagamento na hora, ou seja, o usuário tem de pagar cada consulta e o tratamento evidentemente, por isso, estima-se que entre 10% a 30% da população africana não tem acesso algum a qualquer tipo de atendimento médico.

O imperialismo e sua política nefasta debilitaram enormemente os países africanos que agora terão de enfrentar um enorme e doloroso desafio, enquanto o imperialismo lava as mãos.

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