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Pandemia mundial

Sem testes massivos isolamento é insuficiente e levará milhões à morte

Centenas, talvez milhares de profissionais da saúde ficarão infectados pelo vírus com a superlotação dos hospitais, por absoluto descaso dos governos com a saúde pública nacional

O Brasil vivencia neste momento uma situação de caos absoluto com a chegada e o crescimento exponencial da epidemia do coronavírus, a pandemia mundial que vem assustando e devastando o mundo. Mesmo sem ainda ter ingressado em sua etapa mais crítica e aguda – pode-se afirmar que estamos nos primeiros momentos da disseminação do vírus – o País já convive com uma situação de verdadeira tragédia social, humana e sanitária, que poderá revelar ao mundo uma catástrofe de gigantescas proporções.

A crise epidêmica no Brasil, que por si só já é trágica e catastrófica, está potencializada e elevará ao máximo o número de infectados em função não só do absoluto descaso das autoridades em relação à adoção de medidas de prevenção no que diz respeito ao tratamento dado à pandemia, como principalmente pelo completo desmonte, sucateamento e destruição da saúde pública nacional, através de uma política levada de forma consciente pelos golpistas neoliberais que estão no comando da nação.

Os casos crescem velozmente em todo o Pais (e, obviamente, estão subnotificados) antecipando o que ainda virá pela frente, pois todos os especialistas apontam as mais pessimistas projeções para as próximas semanas e mesmo meses (abril e maio), quando haverá o “pico” das infecções em todo o território nacional. As consequências são óbvias, com estudos apontando para a possibilidade de mais de 500 mil mortes, podendo este número ultrapassar a barreira dos milhões.

Uma situação que vem se colocando como preocupante com o crescimento do número de infectados em todas as regiões do País diz respeito às condições de trabalho dos profissionais da saúde em todas as unidades, hospitais, postos de saúde, Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, etc. Nos últimos dias vem chegando ao conhecimento do público uma avalanche de denúncias do pessoal que realiza o atendimento aos doentes (médicos, enfermeiros, pessoal de apoio, psicólogos, fisioterapeutas, maqueiros, serventes, vigilantes) que relatam as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos, onde falta quase tudo: luvas, máscaras, aventais, assim como equipamentos para os enfermos, como respiradores e outros.

Em várias unidades de atendimento, País afora, são inúmeras as reclamações do stress psicológico a que estão submetidos todos os profissionais que prestam o atendimento à população, que começa a lotar os hospitais. O resultado desta falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para os profissionais da saúde é que vários destes trabalhadores estão também ficando infectados pelo vírus e adoentados com a COVID 19.

“No interior de São Paulo, a médica Nádia Miatta, que atua na coordenação da rede básica de saúde da região de Fernandópolis, disse à Pública que dois médicos (de um total de 20) e 20 profissionais da enfermagem (de 60) já foram afastados, o que aumenta o nervosismo das equipes, que se sentem despreparadas para lidar com a situação. “Tem muito médico entrando em pânico aqui, que não tem preparo psicológico, não tem preparo técnico para lidar com respirador, paciente grave em UTI”. (sítio Pública, 27/03). Em outro depoimento/desabafo, outro profissional, sob anonimato, declarou: “Nós estamos no começo da pandemia, e já estamos tendo contaminação de funcionários e toda essa dificuldade com UTI.” (idem, 27/03).

Lembremos que na Itália – um dos países mais afetados pelo vírus – já são mais de cinco mil agentes de saúde infectados, também pelo descaso das autoridades sanitárias e pelo ataque neoliberal à saúde pública. Aqui no Brasil, a situação se apresenta como ainda mais grave, pois a defasagem do pessoal profissional de saúde nos hospitais e unidades é calamitosa, isso em função dos ataques que os servidores públicos vêem sofrendo ao longo de vários anos de descaso com a saúde pública, intensificada com o desmonte e o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) para beneficiar os tubarões dos planos privados de saúde, que mantém sob custódia a maioria dos leitos hospitalares, negados para assistência à população necessitada que está amontoada nos corredores dos hospitais públicos e das unidades de saúde, à espera da morte.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) vem afirmando que o isolamento, por si só, é insuficiente para conter a propagação do vírus e o crescimento dos casos de infecção. Aquilo que verdadeiramente deveria e ainda pode e deve ser feito vem sendo negado à população pelos governos burgueses ao redor do mundo, que é a destinação de mais recursos para os sistemas públicos de saúde de todos os países. O fato é que enquanto deixa cair algumas migalhas nas mesa dos pobres, os governos neoliberais direitistas burgueses despejam trilhões nos cofres dos capitalistas, numa operação que tem por objetivo salvar uma centena de grandes corporações bilionárias e um punhado de capitalistas, parasitas que vivem às custas da miséria e do sofrimento da imensa maioria da população mundial. Morte ao capitalismo!

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