Os ataques do fascista Bolsonaro aos médicos cubanos que participam do Programa Mais Médico fizeram com que o governo cubano retirasse do programa mais de 8.500 médicos como uma medida de segurança a esses profissionais.
Com a retirada desses profissionais, o governo golpista de Bolsonaro vai reduzir em mais de 90% os médicos que dão assistência para as comunidades indígenas. Os cálculos realizados pela Panamericana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dos 321 profissionais que atuam nas áreas indígenas, 289 são cubanos.
Ainda segundo os cálculos, aproximadamente 642 mil indígenas ficarão sem nenhum tipo de atendimento médico em todo o país.
Apesar de toda a demagogia do governo golpista, não haverá reposição desses médicos já que a grande maioria desses postos de trabalho são em locais do interior e de difícil acesso, onde não há interesse de boa parte dos médicos em atender nesses locais.
Já a situação dos indígenas vai se agravar ainda mais, pois ficarão a mercê das doenças e enfermidades sem nenhum tipo de tratamento médico por parte do Estado. As condições materiais dos povos indígenas não permitem que se desloquem de maneira adequada e em grandes distâncias em caso de doenças e acidentes.
Os ataques de Bolsonaro aos médicos cubanos, que resultou na retirada desses médicos pelo governo cubano do programa, é uma medida intencional dos golpista. A retirada dos médicos que afeta as comunidades indígenas na sua totalidade, somada com o aumento da violência contra os indígenas, de reintegrações de posse emitidas pela justiça, revisão de terras indígenas, paralisação de processos de demarcação e destruição da Funai, serve para erradicar os povos indígenas.
Dentro das terras indígenas há muitas riquezas, seja minerais ou de terras cobiçadas por latifundiários, e a eliminação dos indígenas é mais uma frente para que esses setores golpistas e entreguistas tomem posse dessas riquezas.
É preciso se organizar contra esses ataques e lutar para derrotar Bolsonaro e todos os golpistas.