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Fracasso das negociações

Sem greve, TST decide por demissões de petroleiros

É preciso fazer um balanço crítica da greve dos petroleiros

Nessa sexta-feira foi negociada os termos da demissão dos 396 funcionários da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da estatal no Paraná (FAFEN-PR). Participaram da mesa a Deyvid Bacelar, diretor da Federação Única dos Petroleiros, FUP, por um lado, e o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, por outro. Após o fim da greve nacional dos petroleiros, a suspensão da demissão dos trabalhadores da FAFEN foi desfeita, sendo anunciada a demissão dos 396 empregados e da empresa de fertilizantes e subentendida a demissão dos 600 terceirizados da empresa que também estavam na reta do fechamento da empresa. 

A paralisação durou vinte dias e sofreu fortes ataques tanto do TST, quanto da diretoria da Petrobras. As multas ao sindicato chegaram a somar R$ 58,2 milhões, havendo também ameaças de demissão e sanções contra os trabalhadores grevistas em diversas das unidades. No dia 20 de fevereiro, a greve foi desfeita por acordo entre a FUP e o TST, no qual a multa a federação sindical foi reduzida para R$ 2,47 milhões e canceladas as punições contra os trabalhadores paralisados. A greve, finalmente, foi considerado um sucesso pelos dirigentes sindicais. Os 21 mil trabalhadores, das 121 unidades de 13 estados, que chegaram a aderir a paralisação, contudo, não foram vitoriosos.

Na negociação de hoje foi oferecido pela Petrobras aos empregados que decidam pelo acordo com a empresa devem ganhar até R$490 mil de indenização, enquanto aqueles que optarem pela via judicial, devem ganhar apenas R$210 mil reais de teto. Essa proposta deve ser votada pela categoria em assembleias até a segunda-feira, 2. No dia 4, a Petrobras irá decidir pela execução do processo.  A pauta refere-se apenas aos 396 petroleiros diretamente empregados pela Petrobras. Os 600 terceirizados, portanto, estão desamparados. Sem a estagnação da produção e a mobilização crescente da categoria pressionando a Petrobras, portanto, a negociação cai nas mãos do estado golpista que, via TST, põe em prática a pauta imperialista geral do Bolsonaro.

A política principal do governo golpista, fechar a Fafen e privatizar as outras 13 refinarias colocadas na lista da morte, continua. Nesse sentido, é preciso criticar não os rumos da greve dos petroleiros. Mas é preciso caracterizar a derrocada dessa greve como uma parte fundamental da política geral da esquerda contra a unificação política de todas as categorias pelo Fora Bolsonaro. 

A segunda maior greve histórica da categoria petroleira, apenas atrás da greve de 1995, começou no dia primeiro de fevereiro e acabou no dia 20, após promessa de suspensão das demissões da FAFEN e de redução das sanções por parte do TST no dia 18.  No mesmo período, a categoria de professores iniciou os trabalhos no sentido de aprovar paralisações por todo o país. De fato, os professores de minas Gerais, aprovaram por meio do SIND-UTE, a paralisação por tempo indeterminado nesta quinta-feira (27).

Durante essa greve, pela educação, também ocorre a paralisação do Detran-Pa, com adesão do Detran-SP que soma, 40 dias. As três categorias em questão, lutando ao mesmo tempo por pautas salariais, exclusivas de suas categorias, na realidade, são atacadas por uma política geral bolsonarista.  Se, por um lado, o governo não está disposto a ceder, atacando o próprio direito de greve, por exemplo, ao impor multas abusivas e enviar cartas de demissão para os grevistas, por outro, o ataque generalizado a todos os trabalhadores deveria incentivar a unificação das greves em uma pauta comum. Essa é a política da luta comum contra o governo Bolsonaro, pela sua derrocada.

Havendo a tendência de mobilização de todos os setores, chamar a luta contra o governo golpista de conjunto como centro político é a única forma de fortalecer todos os trabalhadores e levar cada pauta individual a vitória.

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