De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada no final de janeiro pelo IBGE, a taxa de desemprego ficou em 14,1% no trimestre encerrado em novembro de 2020 e o número de pessoas trabalhando sem carteira assinada cresceu 11,2% no período.
O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada soma agora 9,7 milhões. Com esse acréscimo, a taxa de informalidade chegou a 39,1% da população ocupada, o que representa 33,5 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, a taxa foi de 38%.
Esses números identificam a deterioração das condições de trabalho e é resultado direto dos ataques à classe trabalhadora perpetrados pela política neoliberal, tanto do governo federal, quanto dos governadores “científicos”. Essa política é responsável por uma destruição econômica ímpar, com desindustrialização nacional sem precedentes. A perda de milhões de postos de trabalho formais empurra os trabalhadores aos “bicos” e soluções de emergência para manter suas famílias.
Os que persistem nos empregos formais sofrem com a perda de direitos trabalhistas e com a constante exposição à COVID 19. A maioria sem condições de realizar o isolamento propagado pela grande mídia e os governos estaduais se aglomeram nos locais de trabalho e no transporte público lotado, sendo estes a maioria dos casos de infecção pelo vírus.
Assim, a luta da classe trabalhadora deve passar não só pelo combate ao Bolsonaro e militares, mas também contra o “centrão” e os governos estaduais (os mesmos golpistas de 2016) que impõem essa política neoliberal de destruição, desalento e morte. Por isso a palavra de ordem “Fora Bolsonaro e todos os golpistas!”