O governo de Jair Bolsonaro e todos os governos da direita golpista estão promovendo um genocídio da população brasileira diante da pandemia de coronavírus.
Não há nenhum plano real de combate e nenhuma medida efetiva sendo tomada no momento, fato que está agravando ainda mais a situação crítica do coronavírus e as consequências econômicas para os trabalhadores e a população em geral. Nesta quarta-feira (16/12), o Brasil resgistou 70.574 novos casos, batendo o patamar de 7 milhões de infectados, ou para ser mais exato, 7.040.608 de pessoas contaminadas.
Diante disso, o Brasil caminha para ser um dos países mais afetado pela pandemia de coronavírus. Dados mostram que nessa semana podemos chegar a 200 mil mortes, dados oficiais que não merecem nenhum crédito porque são dados subestimados e manipulados para esconder a situação real. Como não há testes em massa, nem nos casos de mortes suspeitas, pode se chegar tranquilamente que o número é muito maior do que o apresentado.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o Brasil é um dos países com maior taxa de expansão de casos do mundo. Enquanto os dados da OMS apontam para uma estabilização dos casos em muitos países, no Brasil a taxa de expansão do coronavírus foi de 35%. Só para se ter uma ideia, os EUA é um dos países mais afetados pela pandemia é o segundo colocado na taxa de expansão do COVID-19 com 9% de aumento. Um número muito menor.
Esse cenário alinhado a crise econômica agravada pelo coronavírus está levando a maior parte da população ao desemprego e a retomada em grande escala da pobreza e da fome em todas as regiões do país. O Economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), a pedido da BBC News Brasil, afirma que a pobreza extrema deve atingir no próximo mês uma taxa entre 10% e 15% da população brasileira, o dobro da registrada no ano de 2019, importante lembrar que esse número já vinha crescendo sistematicamente após o golpe de Estado em 2016. Ou seja, aproximadamente 13,7 milhões de pessoas vão estar em condições de pobreza extrema. Um número gigantesco. Pessoas em pobreza extrema vivem com menos de U$ 1,7 por dia.
Sem auxílio emergencial e muito menos vacina
O auxílio emergencial, apesar de ser um valor miserável e que não garante o sustendo de nenhuma pessoa e muito menos uma família, estava sendo uma das formas de garantir que a população não morresse de fome, literalmente. O valor irrisório de R$ 600,00 ao menos garantia uma renda para os trabalhadores que foram duramente afetados pela queda da economia, demissões e cortes nos salários.
Mas agora nem mesmo esse valor irrisório, que há dois meses foi reduzido para R$300 para a maioria dos beneficiários, vai ser colocado para a maior parte da população. Em recente declaração, o ministro tchutchuca dos banqueiros, Paulo Guedes ainda desdenhou da situação da população. Em discurso na Conferência de Montreal, evento do Fórum Econômico Internacional das Américas, disse que “vamos retirar o auxílio (emergencial) e nos concentrar em entregar as vacinas”. E complementou “de agora até o final do ano, 31 de dezembro, a ideia é que voltemos à situação ordinária, então até o fim do ano teremos encerrado essas camadas auxiliares que lançamos para preservar empregos, vidas e a economia”.
O governo nega inclusive uma segunda onda de coronavírus no país apesar da volta da superlotação dos hospitais e de altos patamares de mortes e contaminações.
Nesse momento, o governo Bolsonaro está usando a propaganda em torno das vacinas para aproveitar e justificar o encerramento do auxílio emergencial. A pegadinha do tchutchuca dos banqueiros é que não há nenhuma vacina para distribuir para a população.
Em primeiro lugar não existe vacinação em larga escala em nenhum país, a vacinação ocorre de maneira experimental numa quantidade grande de pessoas e não em toda a população. O segundo ponto é que não há nenhum plano de vacinação do governo brasileiro e nem dos estados governados por “governadores científicos” como o tucano João Doria.
O número de doses apresentadas pela direita é muito menor que a população brasileira e não há sequer seringas e agulhas suficientes para dar conta da vacinação em larga escala. Essa situação de caos social e medidas de combate ao coronavírus deve ser colocada na conta da direita que não fez nada e muito menos se preparou para o caso de haver uma vacina, nem mesmo os governadores “científicos”.
O que há é uma guerra entre duas alas da direita para fazer demagogia com a população. Fica claro que Doria e outros direitistas usam a questão da vacina para fazer propaganda de si mesmo e se contrapor a Jair Bolsonaro, mas que mesmo nesses estados não há condições mínimas nem de vacinação e muito menos de obter uma vacina.
É preciso derrubar Bolsonaro e a direita golpista
Essa situação tende a se agravar ainda mais e não há nenhuma medida para ser tomada enquanto Jair Bolsonaro estiver na presidência da República e nem com governadores de direita que fazem demagogia com a vacina.
A esquerda burguesa e pequeno burguesa, diante dessa situação, não denuncia a política genocida de Bolsonaro e de todos os golpistas e se limita a limitadas medidas institucionais, no parlamento, correndo atrás da direita “civilizada” para conseguir alguma migalha.
Mesmo que consiga aprovar alguma medida para ajudar a enfrentar a pandemia, esses recursos serão aplicados e disponibilizados por Bolsonaro e pela direita civilizada e que não irão chegar para amenizar o sofrimento da população. Um bom exemplo é o auxilio emergencial que não foi nenhum ganho da esquerda e sim uma medida da própria burguesia para evitar o caos social, mas que pode ser retirada a qualquer momento como estamos vendo agora.
O que existe é a necessidade de mobilizar e organizar os trabalhadores e a população para derrubar Bolsonaro e a direita golpista. Com os trabalhadores mobilizados será possível derrubar Bolsonaro e garantir medidas mais eficazes para garantir condições dignas de sobrevivência da população em meio a pandemia.