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Morrer por Covid-19 ou fome

Sem assistência do governo, milhões estão doentes e sem emprego

“28,6 milhões de pessoas que queriam um emprego, mas enfrentaram dificuldades para voltar ao mercado de trabalho, por falta de vagas ou (por causa) da pandemia”

“17,7 milhões de trabalhadores não puderam procurar emprego por causa da pandemia”. Estarrecedora a revelação do jornal O Estado de S.Paulo, desta segunda-feira, 22 de junho

Somente 84,4 milhões de brasileiros estavam ocupados na última semana do mês de maio, segundo o Jornal Valor Econômico, 16/06/2020. No entanto, no início do ano, em Janeiro de 2020, eram 94,2 milhões o contingente de trabalhadores brasileiros ocupados, segundo o G1, de 28/02/2020. Ambas as pesquisas são do Pnad Contínua do IBGE. A pesquisa de Maio, denominada Pnad Covid-19.

Aos 11,9 milhões de desempregados existentes em janeiro, mais os 9,8 milhões de brasileiros que deixaram o contingente dos trabalhadores ocupados, e ainda o contingente que cresceu em função da pandemia, mas não são os desalentados, os desempregados ao final do mês de maio, somavam 25,7 milhões de pessoas. Ou por outra, no dizer do jornal paulista, “25,7 milhões de pessoas fora da força de trabalho mas gostariam de trabalhar”.

Destas 25,7 milhões de pessoas fora da força de trabalho, “17,7 milhões de trabalhadores não puderam procurar emprego por causa da pandemia”, relata o Estadão,  segundo estudos de Marcel Balassiano, pesquisador do Ibre/FGV.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez, em parceria com o Ministério da Saúde, uma pesquisa específica, a Pnad Covid-19. As amostras e os períodos são diferentes entre a Pnad Covid com a Pnad Contínua, mas os números são reveladores dos nefastos efeitos da pandemia, somados à crise de desemprego, que se arrasta a tempos.

Segue breve planilha dos estarrecedores números do desemprego

Desemprego no trimestre encerrado em 01/2020 11,2% 11,9 milhões
Desemprego no trimestre de encerrado em 01/2019 12%

 

Trabalhadores que não estão procurando emprego e nem trabalhando.

Janeiro/2020 65,733 milhões
Janeiro/2019 65,277 milhões

 

Pessoas trabalhadoras ocupadas (94,2 milhões em Janeiro, somente 84,4 em Maio)

Janeiro/2020 94,2 milhões Última semana

Maio/2020

84,4 milhões

 

Números mais estarrecedores, 28,6 milhões os desempregados

Ao contrário dos números do Estadão, desta segunda-feira, 22, que traz número estratosfericamente alto, mas inferior, o jornal Valor Econômico, em 16 de junho, noticiava números mais estarrecedores, ao final de maio, somavam a estratosférica multidão de “28,6 milhões de pessoas que queriam um emprego, mas enfrentaram dificuldades para voltar ao mercado de trabalho, por falta de vagas ou (por causa) da pandemia”

Informava ainda, que os trabalhadores ocupados, ao final de maio, 84,4 milhões de trabalhadores, eram 9,8 milhões de ocupados a menos do trimestre findo em janeiro de 2020. Logo, desempregados. Noticiava ainda que, 14,6 milhões, embora formalmente ainda empregados, estavam também afastados do trabalho devido ao isolamento social ou de férias coletivas, o que representa 17,2% do total de empregados.

Segue múltiplas planilhas que desnudam a estarrecedora situação da (falta) de  emprego em Janeiro e última semana de maio de 2020

Desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego)

Janeiro/2020 4,7 milhões

 

Trabalhadores na Informalidade. (que vivem de “bicos”

Janeiro/2020 41,2% 38,3 milhões
Janeiro/2019 41%

 

Empregados com carteira de trabalho assinada

Janeiro/2020 33,7 milhões

Empregados sem carteira assinada

Janeiro/2020 11,7 milhões

 

38,3 milhões de brasileiros na informalidade

Domésticos 11,673
Por conta sem CNPJ 4,519
Empregador sem CNPJ 19,338
Empregador sem CNPJ 0,802
Trabalhador familiar 1,98
TOTAL dos Informais 38,3 milhões

 

Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas

Janeiro/2020 6,6 milhões 23,2%

 

Empregadores

Janeiro/2020 4,4 milhões

 

Empregados no setor público

Janeiro/2020 11,5 milhões

As pessoas estão sendo empurradas para um poço sem fundo: desemprego, doença do Covid-19, falta de assistência médica, impossibilidade de procurar emprego, miséria total. Tempestade perfeita. Guedes. Bolsonaro. O golpe.

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