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Repressão

“Segurança pública”, pauta de direita encampada pela esquerda

"Treinamento", "humanização", "defesa da vida", as fórmulas demagógicas do PSOL para acabar, sem luta, sem mobilização, com a politica repressão e terror da Polícia

Repetindo o que faz a imensa maioria dos candidatos e partidos da direita e, também nesse momento, os da esquerda burguesa e pequeno burguesa, nas atuais eleições, a candidata do PSOL à Prefeitura de Teresina, Lucineide Barros (foto, no centro), em conversa com a imprensa burguesa, destacou que “pretende investir na segurança“. Lucineide Barros, candidata à Prefeitura de Teresina pelo PSOL nas eleições municipais de 2020 — Foto: TV Clube

Mesmo assinalando, acertadamente, que “a segurança é uma política que depende de todas as outras, ela é resultado de um conjunto de ações integradas” e que “uma boa condição de moradia, habitabilidade, sem, principalmente, uma boa condição de geração de trabalho, de emprego e de renda não é possível pensar em uma segurança”, a candidata ao dar alguns detalhes sobre o que seria a política de segurança do PSOL para Teresina , repetiu os mesmo argumentos da esquerda pequeno burguesa que procuram semear a ilusão de que seria possível mudar a situação na qual a Polícia Militar e todas as sua forças “acessórias”, como é o caso  das Guardas Municipais atuam como órgãos de repressão e terror contra a população pobre e explorada em todo o País.

A candidata do PSOl no Piauí repete a proposta demagógica – já exposta por outros candidatos da esquerda, como o caso de seu correligionário. candidato em São Paulo, Guilherme Boulos – de defesa da “humanização da Polícia”, defendendo que seria possível  adotar medidas que façam com que

“as polícias sejam humanizadas para que saiba lidar com a população, que às vezes acaba sofrendo pela falta de treinamento”

Mesmo admitindo que a realizada é muito diferente, ela ainda propõe uma integração das polícias, o que obviamente colocaria as guardas municipais, já profundamente reacionárias, com o controle mais direto dos órgãos com maior responsável pelo imenso genocídio que não para de crescer no País, na verdadeira guerra do barato repressivo contra os trabalhadores e jovens, em sua maioria negros, principais vitimas de sua investida, a psolista afirma que

“estamos vendo que há uma aposta muito grande no aparato de Guarda Municipal, essa guarda foi pensada a partir de uma outra concepção, que era de segurança do patrimônio municipal, e hoje nós temos uma Guarda Municipal armada que tem um histórico muito forte de agressão, principalmente, a juventude, pobre, negra, e da periferia. Então, nós entendemos que é necessário humanizar o aparato de segurança, integrar as polícias”

Barros, apóia assim uma proposta de muitos setores da direita que preconizam essa submissão, sob o rótulo de “integração”.

A base dessa política reside na própria visão que a candidata e seu partido têm da PM, como ela afirma:

“precisamos revisar essa ideia da Polícia Militar porque nós precisamos é de um aparato que se mova pelos princípios da vida e junto com isso melhorar o conjunto das políticas”.

Como parte dessa “compreensão”, o PSOL, como outros partidos de esquerda lançou dezenas de candidatos entre os integrantes do aparato repressivo, com destaque para o candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro, um coronel da PM que comandou a máquina recordista de assassinatos de pobres e pretos no País, durante o governo Pezão (MDB), ajudando a engrossar a lista dos  6.723 policiais e militares que vão participar do pleito deste ano em todo o País, como parte da política da direita de impor uma maior presença dos militares em todas as instituições do regime político.

Essa política é adota por outros partidos da esquerda, com destaque no caso da Bahia, onde o PT lançou uma major da PM como candidata a prefeita.

O resultado e a eficácia dessa política pode ser medida pelo fato de que o PSOL já ajudou a projetar vários militares reacionários que usaram sua legenda, como caso do ex-candidato presidencial, Cabo Daciolo, eleito deputado partido no Rio de Janeiro, em 2014.

Trata-se de  uma capitulação, de uma completa adaptação ao programa da direita, de defesa do aumento da repressão, de buscar “resgatar”, levantar a imagem profundamente desgastada, enlameada, da PM, GMs e todos os órgãos de repressão contra os trabalhadores. De procurar aplicar um “verniz” sobre estas organizações, dando-lhes uma face humana etc., ou seja, um disfarce, quem em nada mudaria o seu papel repressor.

Ao contrario disso, é preciso lutar pela dissolução de todo esse aparato repressivo, deixando de lado os mesquinhos objetivos de fazer qualquer coisa para conseguir alguns votos com bases nas ilusões mais atrasadas, inclusive, de setores conservadores e direitistas que apoiam o fortalecimento do aparato repressivo, uma tática furada – inclusive – do ponto de vista eleitoral – porque se for par apoiar os defensores da repressão, a maioria considerará que o melhor é apoiar os que fazem isso sem meias medidas, sem “dourar a pílula”.

Ao Invés de propor uma polícia humana, educar, organizar e mobilizar a luta pela dissolução da PM e de todo o aparato repressivo e pela crias de policiais municipais controladas pela população e por comitÊs e auto defesa dos moradores e demais setores explorados.

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